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Golpe começa pelo Facebook e vai para o WhatsApp
Foto por: Pixabay/ilustração
Golpe começa pelo Facebook e vai para o WhatsApp

Mais um é atraído pela "Lolita do Facebook" e perde dinheiro em Rio Preto

Por: Da Redação
26/09/2021 às 09:32
Polícia

Rapaz foi atraído por uma suposta jovem, com quem trocou mensagens e fotos íntimas, e depois foi chantageado por um suposto "delegado", que pedia R$ 5 mil. Jovem concordou em pagar R$ 1,5 mil, mas o falso delegado queria mais para abafar o caso


Mais um rio-pretense caiu no golpe da "Lolita do Facebook", aquele em que uma suposta garota manda mensagem na rede social se insinuando, dizendo que quer conhecer a pessoa, em seguida inicia uma conversa por Whatsapp, manda mensagens e fotos íntimas para depois chantagear, exigindo dinheiro. Desta vez, quem caiu foi um rapaz de 27 anos, que acabou perdendo R$ 1,5 mil.

A vítima relatou na ocorrência policial que iniciou uma conversa com uma pessoa chamada "Brenda". Afirmou que acabaram trocando "fotos íntimas", e só depois disso a pessoa disse que era menor de idade. Nesse momento, o rapaz disse ter interrompido o diálogo, excluindo o número e as fotos.

Ocorre, porém, que no dia seguinte (23/9), uma pessoa que se disse "delegado de polícia" conseguiu entrar em contato com ele, alegando que a família da suposta menor teria descoberto sobre as fotos e pedido para registrar a ocorrência policial.

No entanto, o suposto delegado tinha a solução: era só o rapaz "mandar cinco mil reais" para uma conta indicada. Por fim, o rapaz disse ter concordado em transferir R$ 1,5 mil, em nome de uma mulher. O suposto delegado não ficou satisfeito e passou a exigir mais dinheiro, mas o rapaz não fez mais depósitos, pois foi alertado por amigos de que se tratava de um golpe.

Caso semelhante aconteceu em agosto, com um homem de 59 anos, marmorista, do bairro Eldorado. Reportagem do DL News mostrou que ele afirmou na polícia que tudo começou através do messenger do Facebook, chamado por uma pessoa com o perfil onde consta o nome de "Vitória Silva". Após trocas de mensagens, a vítima passou a se comunicar com "Vitória” através do whatsapp de código "DDD" 51 – relativo a Porto Alegre (RS) e região. 

Em determinado momento da conversa "Vitória Silva" teria lhe enviado uma foto íntima, e ele, achando que poderia estar iniciando uma tórrida aventura amorosa, resolveu fazer o mesmo e embarcou rumo ao desconhecido. Mas não durou muito. Ele levou um choque de realidade já no dia seguinte, quando recebeu ligação telefônica de uma pessoa do sexo masculino dizendo-se ser genitor da tal "Vitória Silva", relatando que sua "filha" teria 15 anos de idade e que o morador de Rio Preto teria enviado fotos íntimas a uma adolescente.

O homem que telefonou disse que iria procurar uma delegacia de polícia a fim de "procurar” seus direitos. Entretanto, ofereceu a alternativa de depositar a quantia de R$ 2 mil para que não relatasse o ocorrido. A vítima, com medo de que algo acontecesse e denegrisse seu nome, depositou a quantia de R$ 500.

Investigação 

Em agosto, a Polícia Federal chegou a deflagrar a Operação Dólos, para reprimir ação de criminosos que se passavam inclusive por policiais federais para extorquirem vítimas através de redes sociais. 

Na ação, 30 policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, em Porto Alegre, Gravataí, Viamão e quatro no Sistema Penitenciário do Rio Grande do Sul, sendo três na Cadeia Pública de Porto Alegre e um na Penitenciária Estadual de Canoas. 

A investigação teve início em janeiro e identificou indivíduos que se utilizavam de engenharia social para manter contato com as vítimas, utilizando perfis falsos, fazendo-se passar por meninas menores de idade. A partir do contato inicial, havia o envio de imagens das supostas menores nuas, e, posteriormente, a extorsão com a utilização de perfis falsos de dois policiais federais do Rio Grande do Sul. Os criminosos solicitavam valores para, supostamente, não dar prosseguimento às investigações. 

A Polícia Federal já identificou vítimas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco. Os crimes investigados na Operação Dólos são extorsão, associação criminosa e falsa identidade. 

Outros golpes

A orientação é mais que óbvia: que a pessoa não dê prosseguimento a nenhum diálogo sem ter a certeza a respeito dos seus interlocutores. Não vale apenas para questões em que o golpista tenta se passar por uma súbita apaixonada, ou apaixonado, mas também para evitar golpes, como aqueles em que a pessoa, do outro lado da linha, inventa histórias como a do falso sequestro de um familiar, pedindo resgate, ou se passando por um familiar em dificuldades, pedindo depósito. 

Sobre o nome da operação, a PF explica que Dólos, na mitologia grega, é um ser que personifica o ardil, a fraude, a astúcia, as artimanhas e as más ações.







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