A Diretoria Regional de Ensino de Catanduva afastou das atividades em sala de aula o professor de matemática, de 52 anos, acusado de assediar uma aluna de 12 anos de idade na Escola Estadual Gabriel Hernandez, em Ariranha.
Por nota, a Diretoria informou que
tomou as providências necessárias e que uma apuração preliminar foi aberta. Se
comprovadas as denúncias, serão aplicadas as penalidades pertinentes. O caso
está sendo investigado pela Polícia Civil da cidade, que instaurou inquérito.
Segundo informações do boletim de
ocorrência, a mãe da menina encontrou mensagens
e áudios do professor no celular da filha, que é estudante do 7º ano do ensino fundamental, pelo WhatsApp. De
acordo com a mulher, ele a assedia, instiga e constrange com mensagens de conteúdo
sexual explícito. O caso está sendo investigado pelo delegado Gilberto Cézar
Costa, que já ouviu os pais da vítima. O suspeito deverá ser chamado para
depor. A menina será ouvida em uma sala especial, na presença de conselheiros
tutelares e uma psicóloga.
Após a denúncia, o homem foi
procurado pelo pai e tio da vítima, que o agrediram. Ele está internado em um
hospital de Catanduva. "Não tem cabimento desse homem ficar no meio de crianças
e adolescentes, um pedófilo. Depois que eu descobri isso tudo, minha filha
demonstrou alívio por ter me contado, ela estava se sentindo pressionada pela
situação”, conta Francieli Cezare, mãe da garota.
Ainda de acordo com Francieli, o professor seduziu a aluna. "O canalha fez um jogo sedutor com minha filha, ele foi se aproximando e ela até se apaixonou por ele. Até eu te amo ele chegou a dizer para ela. Ela me contou também que toda vez que ela estava com algum garoto da escola, ele dizia que sentia ciúmes”, revolta-se.
A mãe da adolescente disse ainda que a filha foi criada em um
ambiente cristão. "Nós somos evangélicos, ela não é influenciada por músicas ou
programas inadequados. Minha filha foi totalmente dominada por este homem, que
roubou a ingenuidade dela”, desabafa.
Em um dos áudios gravados pelo professor e enviados para a aluna no WhatsApp, o homem confirma que está errado. "Eu tô ficando meio maluco mesmo, né. Porque eu sei que não é certo, mas você tá me deixando louco, eu vou fazer o quê?”, diz. Em outro áudio, ele diz à garota que os dois precisam disfarçar.
"Eu sei, meu amorzinho. Mas a
gente tem que disfarçar um pouquinho, se não vai dar muita bandeira. Você quer
ver eu preso, é isso? Não posso, assim...eu tenho a maior vontade. A gente tem
que ter cuidado, não pode vazar essa informação de jeito nenhum. Me manda a
foto, por favor. E eu quero ver pessoalmente sim, tô louquinho, tá? Beijo”.
Apesar de todo o constrangimento,
a menina está em casa e tranquila. "Eu estou bem, na medida do possível”, disse
a estudante à reportagem do DLNEWS.
O celular da vítima foi
apreendido e será periciado. A Polícia Civil apura quando as conversas começaram
e se há outras vítimas ou algum outro crime por trás dessa situação. Segundo a
polícia, se o crime aconteceu após a vítima ter completado 12 anos de idade,
existe a possibilidade de o caso não ser configurado como crime, porque apesar
da conduta do homem ter sido imoral, não houve contato físico entre os
dois.