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Paulo Guedes, ministro da Economia
Foto por: Agência Brasil/ Fábio Pozzebom
Paulo Guedes, ministro da Economia

Auxílio de R$ 40 bilhões do governo ajuda, mas não resolve, dizem especialistas

Por: Lucas Israel
27/03/2020 às 17:11
Economia

Segundo economistas e empresários de Rio Preto, medida põe dinheiro na mão de quem faz a economia girar, mas caso crise se estenda um novo resgate será necessário


As lideranças empresariais e economistas de Rio Preto receberam com alento a notícia de que o governo federal liberou nesta sexta-feira (27) R$ 40 bilhões para pequenas e médias empresas no combate às consequências do novo coronavírus. No entanto, é consenso entre os especialistas ouvidos pelo DLNews que a medida pode não ser suficiente caso a situação da doença se agrave no Brasil e cobram medidas mais firmes para dar respaldo aos comerciantes.

A linha de crédito emergencial valerá por dois meses. Os repasses serão limitados a dois salários mínimos por trabalhador. A linha estará disponível para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 mi, com zero spread e taxa de juros de 3,75% ao ano, 6 meses de carência e 36 meses para o pagamento. Além disso, o dinheiro irá direto para o funcionário, não passará pelo caixa da empresa.

Para o presidente da Acirp, Paulo Sader, a medida era necessária, por dar tranquilidade aos empresários para que eles possam enfrentar a crise. "O governo está colocando dinheiro na mão de quem vai consumir, para fazer girar a economia girar”, afirma.

A visão é semelhante a do empresário Luiz Fernando Lucas, diretor-regional da Fiesp em Rio Preto. Segundo ele, qualquer medida que dê continuidade aos negócios é bem-vinda porque diminui o risco de demissões, mas o sinal de alerta ainda está ligado, já que as restrições em função da Covid-19 podem continuar a acontecer. "Com uma parada na economia por mais tempo, sem a continuidade no giro dos negócios, ele (o financiamento) se torna inútil”, diz.

Para o economista André Yano, o ponto mais importante do anúncio do governo federal é que a medida tem capilaridade e deve atacar o problema da falta de giro na economia. "Pequenas e médias empresas são as que mais empregam no Brasil. Essa ação já estava sendo ensaiada na semana passada”, explica.

Mesmo assim, o tempo de duração da medida, de apenas dois meses, é superficial na visão o presidente do Lide Rio Preto, Marcos Scaldelai, que ainda cita o descompasso entre os governos Federal e Estadual como o principal entrave da crise. "Acho que ainda está tudo muito superficial pelo tamanho do problema. Falta coordenação nacional forte, de união”, afirma.







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