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Estádio Benedito Teixeira, em Rio Preto
Foto por: Arquivo/ DLNews
Estádio Benedito Teixeira, em Rio Preto

Técnicos da Saúde visitam instalações do Teixeirão, que pode ser adaptado para receber vítima de coronavírus

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
24/03/2020 às 21:32
Bastidores

Avaliação técnica ocorreu nesta terça-feira, dia 24


Hospital no Teixeirão  
Uma comissão formada por técnicos da Secretaria de Saúde de Rio Preto visitou as instalações do estádio Teixeirão nesta terça-feira (24) para avaliar as condições do local, que, tudo indica, entrou no rol de possíveis prédios para abrigar um hospital de campanha caso a crise do coronavírus na cidade exija medidas do gênero. Ou outro ponto de apoio no combate à doença.  

Hospital de Campanha
Na semana passada, o presidente do América, Luiz Donizete Prietto, ligou na Secretaria de Saúde colocando as instalações do estádio à disposição para adequações, como está sendo feito na cidade de São Paulo.  

Pente-fino 
Os técnicos da Saúde fizeram uma espécie de pente-fino no local, para diagnosticar os pontos que precisariam ser adaptados em caso de utilização do prédio. Seriam utilizadas como consultórios as dependências da parte administrativa do estádio, como alojamento, sala de imprensa e escritórios. 

Poucas ressalvas 
As ressalvas seriam a ausência de um elevador para o transporte dos pacientes (o que é necessário para evitar o uso de escadarias com corrimões) e também o ambiente um tanto fechado (que facilitaria a transmissão do vírus). Mas os dois problemas são considerados de fácil solução. 

Vantagens 
Outro ponto que teria agradado os técnicos é a disposição da entrada do estádio Benedito Teixeira, com dois portões em separado, que permitiria isolar o local de ingresso dos profissionais da saúde e dos pacientes. Os médicos, enfermeiros e técnicos entrariam por onde se situa a saída do ônibus das delegações, no retorno da avenida Antônio Tavares Pereira Lima, enquanto os pacientes seriam atendidos pela entrada dos ônibus, ao lado da bilheteria, que dá acesso às arquibancadas.

Para casos leves 
O local, de início, seria destinado para o atendimento dos idosos entre 60 e 70 anos que tenham sintomas gripais e que poderiam ser enviados para unidades mais bem equipadas conforme a gravidade do caso.

Ação na favela  
A maioria absoluta dos moradores da favela da Vila Itália não tem a mínima ideia de quem são as pessoas "de boa alma” que na manhã desta segunda-feira (23) passaram pelo local entregando 12 sabonetes para cada moradia. "E cheirosos que só vendo”, segundo a trabalhadora doméstica Joana Martins. Foram entregues cestas básicas também para famílias em situação de risco alimentar. 

Sem dinheiro público 
A ação junto às 209 famílias, segundo cadastro da Defensoria Pública de Rio Preto na favela da Vila Itália, que somam mais de 513 pessoas e 120 crianças, está sendo desenvolvida pelo Instituto As Valquírias, entidade que, sem recursos públicos, conseguiu se viabilizar como um dos grandes cases da cidade no conceito do empreendedorismo social, com retaguarda da Organização Gerando Falcões. 

Levantamento 
Amanda Oliveira, CEO do Instituto as Valquírias criou com sua equipe e representantes da sociedade civil um comitê de combate ao coronavírus na Favela da Vila Itália. Na segunda-feira, quando os sabonetes foram entregues, foi feito levantamento das casas com idosos e crianças para orientação quanto à saúde e segurança sanitária. 

Treinamento 
O pessoal do Instituto recebeu treinamento da equipe médica da Gerando Falcões. Cada colaborador vai acompanhar as necessidades de dez famílias e  por meio de grupos do Whatsapp. Nas abordagens direta, todos vão usar equipamentos de proteção, como máscaras e luvas. 

Financiadores 
Entre os financiadores da ação estão grupos empresários como JP Lemann, Olavo Setúbal, Abílio Diniz, Nizan Guanaes, Donata Meirelles, Família Hawilla, Thiago Oliveira, Bernardo Paiva, Cláudio Carvalho, João Paulo Coelho, Bruno Setúbal e a startup ZUR. Eis um tipo de notícia que melhora nosso dia, não?

Calamidade 
Ações junto às comunidades mais carentes de Rio Preto começam a se mostrar necessárias. Nesta terça-feira, dia 24, a Saúde confirmou o 8º positivo na cidade e levou o prefeito Edinho Araújo (MDB) a declarar estado de calamidade pública, que na prática tem por objetivo acelerar medidas administrativas, incluindo aquisição de proteção a profissionais da saúde, o que vem sendo muito cobrado. 

Os números 
De acordo com os números fornecidos às 17h30 desta segunda-feira, dia 24, Rio Preto tem 8 casos confirmados (três novos registros em menos de 24 horas), 176 notificações, 146 suspeitas em investigações, 20 descartados. Destes, 31 pessoas internadas, sendo 15 mulheres e 16 homens. Exames realizados no Hospital de Base atestaram positivo para Covid-19. A informação foi passada à DRS, mas a cidade ainda não foi notificada oficialmente. 

Sete multados 
Enquanto isso, muitos donos de estabelecimentos comerciais e de serviços insistem em continuar atendendo, contrariando as indicações dos governos federal, estadual e municipal. A Prefeitura de Rio Preto, por meio de um comitê formado por Guarda Municipal, Polícia Militar e Vigilância Sanitária multou sete estabelecimentos nos dois primeiros dias de aplicação da "Lei da Quarentena" em Rio Preto. 

De culto a refeitório 
De acordo com a Vigilância Sanitária, entre os estabelecimentos que levaram a "canetada" estão um templo que fazia culto religioso, um restaurante, três supermercados, uma sorveteria e uma indústria. No caso desta última, por conta do refeitório. A maior parte das infrações é de descumprimento da distância mínima estabelecida entre as pessoas, firmada pelo decreto para evitar o contágio com a Covid-19.

R$ 6 mil de multa
Apenas multas foram emitidas, mas os decretos municipal e estadual permitem o fechamento do estabelecimento com a cassação do alvará de funcionamento. Esta medida mais drástica, no entanto, só será aplicada em caso de reincidência, segundo a Prefeitura. O valor das multas é de 200 Ufesp (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), totalizando R$ 6 mil.

PM fecha o cerco
A Polícia Militar de Rio Preto passou a circular com uma viatura da Base Comunitária Móvel equipada com alto-falantes para espantar aglomerações e pedir para a população ficar em casa diante da pandemia de coronavírus. A força-tarefa começou nesta terça-feira (24) e foi inspirada na medida criada por policiais de Ribeirão Preto.

Deu resultado
Segundo o tenente Cláudio Ziroldo, a ação tem dado resultado. "A gente tinha duas opções – ou descer da viatura e fazer uma abordagem, ou colocar a mensagem de som nos carros. Percebemos que as pessoas ficam totalmente desconfortáveis e envergonhadas. A aglomeração acaba se dispersando”, disse.

Carimbado
A Prefeitura de Rio Preto homologa nesta quarta-feira (25) a licitação para a construção da ciclovia da avenida Bady Bassitt, ligando a avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira à Philadelpho Gouveia Neto. A empresa vencedora foi a Constroeste, que ofereceu R$ 1,9 milhão para a execução das obras, orçadas pela Secretaria de Obras em, no máximo, R$ 2,3 milhões.

Cemitério de Praga
O Cemitério de Praga, de Humberto Eco, imbatível nos estudos de semiótica e romancista de talento raro, vem embalando as ideias do jornalista Coca Prado nestes tempos de restrições no convívio social. A obra, com 400 mil exemplares vendidos na Itália num único mês, é um tratado sobre o mecanismo do ódio, e espécie de síntese da história do preconceito. E você, o que indica para estes tempos de confinamento? #ficaadica

Luiz Henrique Prado, o Coca
Foto por: Reprodução/ Facebook
Luiz Henrique Prado, o Coca






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