Policial federal rio-pretense que foi indicado pelo clã Bolsonaro não descarta disputa eleitoral em 2022
Soldado do Bolsonaro
"Sou soldado da família Bolsonaro”, afirmou o policial federal Danilo Campetti em entrevista ao DLNews nesta quinta-feira (20). O rio-pretense, que vai ocupar o cargo de assessor especial na Secretaria de Assuntos Fundiários, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), se diz uma escolha pessoal do clã para o cargo.
Com QI
"Conheço o Eduardo (Bolsonaro), tenho muito contato com ele. Minha indicação veio dos assessores do presidente, o próprio Nabhan (Garcia, secretário de Assuntos Fundiários) e o Wajngarten (secretário Especial de Comunicação Social). Trabalhei quase seis meses com eles. Como o pessoal precisa de gente de confiança, me chamou”, afirmou Campetti.
Linha direta
Danilo Campetti ganhou notoriedade ao atuar na escolta do então candidato Jair Bolsonaro à Presidência da República e chegou a receber honrarias tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa pelos seus "feitos”. É cargo de terceiro escalão, mas Campetti passa a ser a figura política da cidade com maior acessibilidade ao refratário inquilino dos palácios do Alvorada e do Planalto.
Sonho meu
E o homem deixa escapar que foi picado pela mosquinha azul da política. Descarta uma disputa neste ano, mas os olhos brilham diante de uma cadeira na Câmara Federal.
Nunca diga nunca 1
Sem filiação partidária, Campetti diz que se ligará a uma legenda apenas se for o Aliança Pelo Brasil, que está sendo criada para abrigar a família Bolsonaro e seus fiéis seguidores. Mas o policial agora afastado afirma que cada passo dependerá da vontade dos chefes.
Nunca diga não 2
"Vai depender de como vai se desenrolar a situação nos próximos dois anos e meio. Da minha parte, não tenho desejo, mas eu tenho uma lealdade completa à família Bolsonaro. Então, se vier como missão do Eduardo, ou do próprio Jair, aí a gente analisa”, disse.
Carnaval político
O carnaval político promovido pelo governo Edinho Araújo (MDB) para dar início às obras do Hospital Municipal da Zona Norte, na manhã desta quinta-feira (20), atendeu às expectativas dos foliões mais animados: no camarote da alegria pré-eleitoral, muito confete para o anfitrião e candidato à reeleição, autoestima elevada nos discursos em forma de autoelogios, fartas doses de bravatas, ciumeira, intrigas e uma gama de convidados marcada pela diversidade.
Todos os santos
A lista oficial de autoridades presentes registrou nada menos que oito vereadores, quatro padres, quatro pastores e um presidente de centro espírita. Lá estava também o deputado estadual Itamar Borges (MDB) se autodenominando cidadão rio-pretense e com um discurso feito sob medida para colar sua biografia à de Edinho Araújo (MDB). Tipo assim: eu sou você amanhã.
Vice de novo
O pessoal do Hospital de Base de Rio Preto (HB) e da Faculdade de Medicina (Famerp) também compareceu em peso, assim como toda a esquipe política e técnica da Secretaria de Saúde. O que deve ter servido de inspiração para inusitado vigor e fervor que o vice-prefeito Eleuses Paiva (PSD) imprimiu à sua fala. Candidatíssimo a vice de novo.
Fogueira das vaidades 1
E a fogueira das vaidades ardeu com mais intensidade ainda com o discurso do vereador Pedro Roberto (Patriota), que assumiu a paternidade da obra, pela qual ele disse lutar desde 2017 e que teria sido sua principal proposta na disputa a deputado federal em 2018.
Fogueira das vaidades 2
Foi o suficiente para que seus pares na Câmara ficassem enfurecidos e partissem para as piadinhas paralelas. "Ele ainda colocou o prefeito em saia justa, pedindo que confirmasse o que estava falando. Sem contar que no palanque faz média e, na Câmara, assina investigação contra o governo”, alfinetou um dos presentes.
Brotou no palanque
Bruno Marinho (Patriota), filho do vereador José Carlos Marinho (PSB), que vai substituir o pai na disputa por cadeira na Câmara na disputa deste ano, brotou no "palanque” sem ser convidado.
Menos pior
A composição da CEI das Calçadas, que vai apurar suposto mau uso de dinheiro público em reformas nas escolas municipais de Rio Preto, não ficou tão ruim para o governo. Embora a presidência ficará a cargo do oposicionista Marco Rillo (PT), os outros postos serão ocupados por aliados do prefeito Edinho Araújo (MDB): os vereadores Pedro Roberto (Patriota) e Jorge Menezes (PTB). Gerson Furquim (PP) será suplente.
Rillo tem pressa
O sorteio de formação da comissão foi na tarde desta quinta-feira (20). Reunião na próxima quinta-feira (27) vai definir o cronograma dos trabalhos. Marco Rillo tem pressa e diz que pretende solicitar documentos ainda nesta sexta-feira (21). "Quero concluir os trabalhos rapidamente. Sei que se passar dos 120 dias, não consigo mais prazo. Conheço as nuances da Câmara”, afirmou o petista.
Chapa completa 1
O Psol de João Paulo Rillo reuniu pelos menos 30 pré-candidatos nas eleições deste ano e militantes da legenda nesta semana. A legenda é mais uma das que vem a público anunciar que atingiu a meta e vai colocar nas ruas os 26 nomes a que tem direito na briga por uma cadeira no Legislativo municipal. É decisão interna também que o ex-deputado sai como cabeça de chapa na guerra pelo Executivo.
Chapa completa 2
João Paulo, que vai disputar pela quarta vez a prefeitura de Rio Preto, embora ainda esteja entre os pré-candidatos mais jovens colocados no jogo até agora, tenta costurar uma frente que ele chama de "centro-esquerda”. O cenário dos sonhos para ele é conseguir atrair os antigos companheiros do PT para seu palanque, assim como os camaradas do PC do B.
Abertos
"Mas entendemos que cada partido tem seu processo e instância de decisão. E respeitamos isso. O Psol está aberto ao diálogo com eles e disposto a construir uma chapa que seja a síntese do antibolsonarismo e antifascismo”, diz Breno Aragon, do Psol.
E os livros? 1
O jornalista, escritor e editor Lelé Arantes decidiu colocar a colher nesta briga do pessoal do teatro com a Secretaria de Cultura em razão da falta de fomento para produções de novas peças neste ano. Segundo ele, a decisão da pasta equilibra mais a distribuição de recursos para os diferentes segmentos da área cultural.
E os livros? 2
"Temos o FIT (Festival Internacional de Teatro) todo ano. Há quantos anos não temos uma bienal do livro? Eu não sou contra o pessoal do teatro. Só penso que os investimentos públicos precisam de equilíbrio”, afirmou Lelé.
No grito
A briga toda da classe teatral, aliás, ganhou novo capítulo nesta quinta-feira (20). A Secretaria de Cultura reuniu parte dos artistas e fez uma proposta de redefinição das premiações nas categorias de produção e circulação do Prêmio Nelson Seixas.
Estratégico