O segundo dia de provas, segundo o Inep, registrou o maior índice de participação da história do exame. Dos 5,1 milhões de inscritos, participaram 72,9%, o que representa 3,7 milhões.
Diferente do primeiro dia, quando o tema da redação gerou muitos comentários entre alunos e professores, no segundo dia não houve muita surpresa. A prova, com o passar dos anos, vem construindo um histórico com relação à dificuldade das provas de biologia, física, matemática e química. Esse ano não foi diferente.
Beatriz Appoloni, que deseja cursar medicina, prestou o exame e se sente confiante. Ela contou que a preparação foi pensada nesse histórico da dificuldade das provas dos anos anteriores. "Os professores estavam trabalhando exercícios mais conteudistas na parte de química, física e biologia, porque estava ficando mais difícil, então eles já esperavam que esse ano também ia ser mais difícil”, falou.
Sobre a prova de matemática, a estudante não notou muita diferença. Ela diz ter sido surpreendida no primeiro dia, como muitos outros estudantes. "O segundo dia foi bem previsível porque é a parte de exatas. Eu saí bem confiante da prova e agora é esperar para ver os resultados”, contou a vestibulanda.
A estudante Isabela Alves contou que achou a prova fácil até
mesmo se comparado aos anos anteriores. "Eu acho que foi uma prova neutra, não
teve muita polêmica e foi mesmo para testar o conhecimento do aluno voltado
para o que ele aprende ou deveria aprender no ensino médio”, disse a estudante de
enfermagem que se inscreveu no Enem antes de saber da aprovação e fez a prova
ainda assim.
O professor de química Mario Scatena falou que nas questões da disciplina o conteúdo foi muito bem distribuído e não tiveram muitas surpresas. "A prova de química estava relativamente tranquila comparada com os outros anos, foi uma prova mais conteudista e envolvia menos cálculos”, disse.
Ele pontuou também algumas diferenças sobre o que foi cobrado se comparado aos anos anteriores, como a ausência de temas considerados clássicos do exame e a aparição de conteúdos que raramente constituem a prova.
O exame avaliou diversas competências de cada matéria. Karollyne Fuhro, que é professora de física, também acredita que, no geral, a prova não surpreendeu. "Em revisão eu estudei com os alunos as provas dos três últimos anos e o que foi revisado voltou a cair, então estava coerente com o que vem sendo cobrado”, falou.
"Caíram questões teóricas da parte de física que já ajudaram bastante”, disse sobre o nível de dificuldade que foi questionado por alguns alunos.