Ainda 3 pessoas estão desaparecidas. As buscas foram interrompidas no início da noite por questões de segurança.
A
queda de parte de um cânion sobre lanchas em Capitólio (MG), deixou sete mortos, informou o Corpo de Bombeiros do
estado na tarde deste sábado (8). Há ainda três pessoas consideradas
desaparecidas.
Quatro
embarcações foram atingidas, das quais duas afundaram, e 32 pessoas ficaram
feridas. Os nomes dos mortos ainda não foram divulgados.
As
sete pessoas que morreram e os três desaparecidos estavam todos na mesma
lancha, chamada Jesus, segundo os bombeiros.
Ainda
segundo os bombeiros, 23 vítimas foram atendidas e liberadas na Santa Casa de
Capitólio. Duas pessoas com fraturas expostas estão em atendimento na Santa
Casa de Piumhi e outras quatro, com ferimentos leves, estão na Santa Casa de
São José da Barra. A Santa Casa de Passos recebeu dois pacientes.
O
comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Edgard Estevo da Silva,
afirmou que há relatos de dezenas de desaparecidos. "Estamos trabalhando
com as informações de testemunhas e agências de turismo local", disse ele.
A
sala de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que equipes de mergulhadores
foram encaminhadas para a localidade. As buscas foram interrompidas no início
da noite por questões de segurança.
O
tenente dos bombeiros Pedro Aihara, porta-voz da corporação, afirmou que pelo
menos 40 militares dos bombeiros atuam no local. "Temos uma equipe de
mergulhadores especializados, o apoio da nossa aeronave Arcanjo 08, que tem
toda a estrutura de evacuação médica caso seja necessário trazer alguma vítima
mais grave para Belo Horizonte ou para outra localidade", disse.
Em atualização às 21h, Aihara afirmou que o sétimo óbito
demorou mais porque se baseava em um segmento corpóreo. Os desaparecidos caíram
de mais de 20 para três. "Boa parte das vítimas que estavam sem contato,
uma vez que elas se deslocaram por meios próprios para unidades hospitalares da
região, nas últimas horas a gente fez uma força tarefa integrada que conseguiu
contato com essas pessoas", disse.
Em
nota, a Marinha informou que tomou conhecimento do acidente e deslocou equipes
para lá.
"A
DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento para o local,
integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio
necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para
a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local. Um
inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato
ocorrido", diz o comunicado.
O
prefeito de Capitólio, Cristiano Silva, postou um vídeo em redes sociais
dizendo que a população da cidade está transtornada com o acidente.
"Estamos
em estado de choque com esse acontecido, e somos solidários com as vítimas,
feridos e os óbitos. Não foi uma tromba d’água, foi um deslocamento de pedra
que atingiu algumas lanchas", disse.
O
governador de Minas, Romeu Zema (Novo), também se manifestou sobre o episódio.
" Sofremos hoje a dor de uma tragédia em nosso estado, devido às fortes
chuvas, que provocaram o desprendimento de um paredão de pedras no lago de
Furnas, em Capitólio", escreveu.