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Fachada do Nossa Senhora da Paz, sem a Brasília velha
Foto por: DL News 26/9/2021
Fachada do Nossa Senhora da Paz, sem a Brasília velha

Livre de superstição da Brasília velha, leilão do Nossa Senhora da Paz recebe melhor proposta

Por: Maria Elena Covre e Milton Rodrigues
26/09/2021 às 10:10
Bastidores

Foram tantas as queixas de sócios e ex-funcionários dizendo que o veículo estava dando azar que representante dos interesses dos proprietários nas demandas judiciais pediu para o vigia chamar o ferro-velho. Negociação tem andamento nesta terça-feira


Culpa da Brasília? 1
Se você não faz o tipo supersticioso, talvez até duvide do que vai ler em seguida. Mas é fato real. São tantas as tentativas frustradas de venda do imóvel que abrigava o Hospital Nossa Senhora da Paz, desativado há quase duas décadas, que a inocente e popular Brasília velha laranja estacionada na porta do prédio acabou levando a culpa pela falta de gente interessada em comprá-lo. 

Culpa da Brasília? 1
É isso mesmo. Foram tantas as ligações recebidas de sócios e ex-funcionários reclamando que era o veículo que estava dando azar e impedindo que qualquer negociação vingasse, que a advogada Cláudia Caron Nazareth, herdeira e representante dos interesses dos proprietários nas demandas judiciais, pediu que o vigia do local, senhor Álvaro, desse um fim na famosa Brasília. E assim foi feito. O veículo foi vendido para um ferro velho, segundo a advogada. 

Estratégia do vigia
O vigia é um dos funcionários remanescentes que cuida do local para que não haja invasões. Ele decidu deixar o veículo lá porque acreditava que, assim, "as pessoas achariam que tinha gente lá dentro e não se atreveriam a tentar roubar nada ou vandalizar o já deteriorado prédio”. 

Curiosidades à parte...
A historinha curiosa, na verdade, mostra só uma pontinha de toda a farta variedade de tensão envolvendo as ações judiciais em torno do imóvel, que pode estar perto de ser vendido à empresa paulistana  CV Hauss 01 - Empreendimento Imobiliário SPE LTDA, que se comprometeu a pagar entrada de 60% do valor total à vista. Na última segunda-feira, a Justiça do Trabalho determinou o andamento das negociações com a ofertante, que tem até o próximo dia 28, terça-feira, para apresentar garantias e outros documentos.

Negócio avança 
Em despacho na segunda-feira (20), a juíza Ana Paula Silva Campos Miskulin, da Justiça do Trabalho de Rio Preto, mandou dar andamento ao processo de venda do imóvel, com a proponente da maior oferta. No caso, a proposta de R$ 23,6 milhões, apresentada pela empresa paulistana CV Hauss 01 - Empreendimento Imobiliário SPE LTDA, que se comprometeu a pagar entrada de 60% do valor total à vista. 

Alívio... 
Para a advogada Claudia  Nazareth, dentro das possibilidades que restaram, embora não seja o valor ideal, uma vez que representa apenas 60% do que foi avaliado em 2017, que batia em quase R$ 40 milhões, é o que melhor contempla a necessidade mais urgente, que é a cobertura do passivo trabalhista do Nossa Senhora da Paz. "É preciso atualizar os cálculos, mas, pelas minhas contas, vai ser suficiente”, diz ela. "E é isso que nos alivia e conforta”, continua. 

...na pressão 
E alivia também a pressão dos sócios minoritários, que somam cerca de 270, sendo que um número considerável já morreu ao longo da pendenga judicial. O temor, daí a pressão para que o local seja vendido, é que se a dívida trabalhista não for equalizada, eles passam a responder também, podendo até ter imóveis próprios penhorados. Isso só acontece na Justiça do Trabalho. 

Pagou o pato, sim
Se os acionistas e ex-funcionários supersticiosos estavam certos ou não, vai da crença de cada um. Mas que, de uma forma ou outra, sobrou para a Brasília, isso sobrou. 

Brasília ficou na portaria do hospital por anos
Foto por: Google
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