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Rede de postos Monte Carlo trava duelo com a Alelo Cartões
Foto por: Divulgação
Rede de postos Monte Carlo trava duelo com a Alelo Cartões

Após posto Monte Carlo ser condenado em 1ª instância, "briga do bilhão" é adiada no TJ

Por: Lucas Israel
22/10/2019 às 17:43
Economia

O Tribunal de Justiça (TJ) adiou o julgamento da ação envolvendo a rede de postos Monte Carlo e a gigante do ramo de cartões, a Alelo, no caso envolvendo o repasse de R$ 1,6 bilhão feito por engano pela operadora à rede de postos.


O relator Ramon Mateo Júnior deu voto favorável ao Monte Carlo. Outros dois desembargadores ainda precisam votar para dar um desfecho ao processo.

O adiamento foi solicitado pelo desembargador Carlos Alberto Lopes. Com isso, o recurso só voltará à pauta do Tribunal de Justiça em 31 de dezembro deste ano. Além do relator Ramon Mateo Júnior e de Carlos Alberto Lopes, ainda vota o também desembargador Israel Góes dos Anjos.

A briga jurídica começou há mais de um ano na 8ª Vara Cível de Rio Preto. Segundo o processo, no dia 4 de setembro de 2018 a Alelo depositou R$ 1,6 bilhão na conta da rede de postos de gasolina. O dinheiro seria referente a transações financeiras que teriam sido efetuadas por clientes do posto por meio de cartões da Alelo, que oferece vale-alimentação e vale-refeição. Ocorre que o depósito foi feito "por engano" - o responsável pelo erro não foi identificado no processo. Para se ter uma ideia, entre janeiro a agosto de 2018 a quantia movimentada entre a Alelo e o Monte Carlo mal passou de R$ 5 mil.

Na mesma data, segundo o processo, a empresa de cartões entrou em contato com a administração do Monte Carlo solicitando a devolução do valor, mas não teria recebido resposta. Optou, então, por recorrer à Justiça. Em documento, os advogados da companhia dizem que a rede de postos "se posicionou de forma arredia e ardilosa, não respondendo às solicitações e contatos da autora, fazendo surgir a forte suspeita de que o réu pretende se apropriar indevidamente de tal quantia”.

O Monte Carlo devolveu a dinheirama no dia seguinte ao depósito "equivocado”. Por isso, o juiz rio-pretense Paulo Roberto Zaidan Maluf declarou o processo extinto. A publicação, feita em maio deste ano, arbitrou os honorários em R$ 100 mil a serem pagos pelo Monte Carlo aos advogados da Alelo.

Tanto a Alelo quanto o Monte Carlo recorreram ao Tribunal de Justiça, em São Paulo. A operadora de cartões pede que os honorários dos advogados sejam fixados em R$ 150 milhões. Já a rede de postos defende que, na verdade, quem deve pagar os honorários é a Alelo. O voto do relator Ramon Mateo Júnior foi favorável ao Monte Carlo e o processo só terá um desfecho quando os demais desembargadores analisarem o caso.

As duas partes manifestaram ao TJ o desejo de conciliação, mas a data de uma possível audiência para que as duas partes entrem em acordo não foi divulgada.







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