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Votação ocorreu nesta terça-feira (30)
Foto por: Heitor Mazzoco
Votação ocorreu nesta terça-feira (30)

Com discursos vazios, Câmara de Rio Preto rejeita criação de Conselho de Diversidade Sexual e Gênero

Por: Heitor Mazzoco
31/03/2021 às 12:30
Bastidores

Após a votação, João Paulo Rillo (PSOL) chamou os vereadores de ’canalhas’: ’Assumam as posições preconceituosas, reacionárias, opressoras e antivida’, disse


‘Direitos iguais para quem?’
A maioria dos vereadores de Rio Preto deu uma aula nesta terça-feira (30) de como excluir um grupo da sociedade que é atingido diariamente pelo preconceito e ódio em todos os cantos do país. Por 12 votos a 2, a Câmara rio-pretense negou criação do Conselho de Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero, que foi proposto pelo prefeito Edinho Araújo (MDB). Apenas João Paulo Rillo (PSOL) e Renato Pupo (PSDB) votaram a favor do projeto.


Idade Média
Como bem disse o jornalista Rubens Celso Cri, do jornal "Gazeta de Rio Preto”, a votação contra o Conselho de Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero fez a Câmara retroceder à "Idade Média”. Rio Preto amanheceu nesta quarta-feira (31) mais triste após esta votação, justamente no dia em que boçais ainda têm coragem de comemorar um Golpe que ceifou a vida de brasileiros em uma Ditadura sangrenta.


Constituição
Vereadores que votaram contra – e declararam voto – se posicionaram ao alegar que a Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei "A questão é muito além da criação de um conselho. A questão está na base, no amor ao próximo, onde o conselho não conseguirá fazer individualmente”, disse Odélio Chaves (PP). Anderson Branco (PL), afirmou que "voto contra por entender que todos nós somos iguais perante a lei. Nada contra a comunidade LGBT”. Chaves e Branco fazem parte da bancada da Bíblia.

Indignação 1
O vereador Renato Pupo afirmou que a Câmara criaria até mesmo um conselho para defender quem usa celular ou assiste TV e não entendeu a recusa ao Conselho de Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero. "Não tem como não externar meu inconformismo. Se chegasse para nós um projeto que cria um conselho de defesa das pessoas que usam celular da Vivo, seria aprovado. Um conselho de defesa de pessoas que usam celular da Tim, da Claro, seria aprovado. Um conselho de defesa dos que assistem a Globo, Record, SBT ou Cultura, seria aprovado. Agora, Conselho de Direitos das pessoas gays, lésbicas, homossexuais, (ouço) discursos rebuscados. O que é isso, gente? Estou com batimento acelerado. Não estou acreditando no que estou ouvindo”, afirmou o tucano após os votos contrários ao projeto.  

Indignação 2

João Paulo Rillo também mostrou indignação com a votação desta terça e chamou os parlamentares de "canalhas”. "Esses vereadores não têm noção do que vai acontecer a partir de agora. Falas perdidas, sem fundamento nenhum. Camuflam aquilo que a gente constata no Brasil: país violento e preconceituoso. País que mais mata LGBTQI. As falas, quando eu disse que me dão nojo e ânsia de vômito, é porque são canalhas, não são honestas. Quando se fala que é contra constituição de um conselho porque aquele direito já está na constituição? Espera aí, então vamos acabar com os conselhos de Cultura, Saúde, Criança e Adolescente, de Idoso, Meio Ambiente porque já existem na Constituição. Vocês foram canalhas hoje nas suas falas. É desumano, é inadmissível. Assumam as posições preconceituosas, reacionárias, opressoras e antivida. 


Como cada vereador votou:

Contrários ao projeto

Jean Charles (MDB)
Jorge Menezes (PSD)
Julio Donizete (PSD)
Karina Caroline (Republicanos)
Odélio Chaves (PP)
Paulo Pauléra (PP)
Robson Ricci (Republicanos)
Rossini Diniz (PL)
Anderson Branco (PL)
Bruno Moura (PSDB)
Celso Peixão (MDB)
Francisco Junior (DEM)



Favoráveis ao projeto
João Paulo Rillo (PSOL)
Renato Pupo (PSDB)







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