A Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, concluiu no último mês de janeiro, a recuperação da área da Floresta Estadual do Noroeste Paulista, destruída em dois incêndios, em setembro e outubro do ano passado. Foram replantadas 85 mil mudas de árvores nativas, doadas pela empresa Tereos Açúcar e Energia Brasil.
As mudas foram suficientes para restaurar os 80% de área de reflorestamento da Prefeitura, devastados nos dois incêndios de 2020. São cerca de 51 hectares recuperados com as novas mudas, área que equivale a 47 campos de futebol. Somado às mudas sobreviventes, o novo plantio fez o reflorestamento voltar ao patamar anterior às queimadas, que era de 106 mil mudas plantadas.
A empresa vencedora da licitação para o primeiro plantio, responsável pela mão de obra, ainda estava com o contrato vigente e iniciou os trabalhos de preparo do solo na área a ser reflorestada no dia 9 de novembro último, concluindo no tempo previsto de três meses.
Etapas do replantio
Como é uma área extensa, foi dividida por lotes que gradativamente receberam controle de plantas daninhas; preparo do solo com aração e gradagem; abertura de sulcos; colocação de adubo, calcário e gel para nutrição das mudas; plantio das mudas e posteriores irrigações e manutenções, para evitar que mato e ervas daninhas cresçam ao redor da planta.
Passivos ambientais
A Prefeitura de Rio Preto cumpre vários passivos ambientais na área da Floresta Estadual do Noroeste Paulista - antigo IPA. São os chamados TCRAs (Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental), firmados com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O plantio inicial começou em maio de 2019, sendo plantadas 106.408 mil mudas em 63,84 hectares, das quais cerca de 85 mil foram queimadas nos incêndios de 2020.
A Tereos forneceu mais de 60 espécies, a maioria nativas da região e que possuem, portanto, grande adaptabilidade ao tipo de clima e solo local. Além de fornecer flores, muitas espécies terão frutos da região que servirão de alimento para a fauna nativa.
Algumas das espécies nativas utilizadas são popularmente conhecidas como: abobreiro, algodoeiro, amendoim bravo, angelim, angico, aroeira-pimenteira, aroeira-verdadeira, cabreúva, cafezinho, caroba, cedro, congonha-do-campo, dedaleiro, embaúba, falso pau- jacaré, farinha seca, figueira branca, goiaba, ingá, ipê amarelo, ipê branco, ipê felpudo, ipê roxo, jatobá, jequitibá, jerivá, jurema preta, mamica-de-porca, maria-pobre, olho-de-cabra, paineira, passarinhão, unha-de-vaca, pau-d’alho, peroba-poca, pitanga, sabão-de-soldado, saguaraji, sombreiro, tamboril e urucum.