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Cacaco Cunha, dono de bar e restaurante em Rio Preto
Foto por: Reprodução
Cacaco Cunha, dono de bar e restaurante em Rio Preto

Revoltado com lockdown, empresário diz que ônibus lotado transmite mais Covid que boteco

Por: Da Redação
23/01/2021 às 20:02
Bastidores

Em nota oficial, sindicato que representa bares e restaurantes de Rio Preto pede incentivos que possam ajudar setor diante de "cenário devastador"


Busão ou boteco?
Busão lotado ou boteco agitado? Qual o maior vilão da Covid-19 em Rio Preto? Essa é a guerra da vez, com reforço de munição verbal depois que o governador João Doria (PSDB) anunciou na sexta (22) lockdown a partir das 20h durante a semana e integralmente nos sábados e domingos em todo o Estado. 

Protesto contra lockdown
A medida passa a valer nesta segunda (25)  e impacta diretamente um setor que já vinha sofrendo com as restrições desde o início da pandemia, já que permite apenas a abertura de serviços considerados essenciais. Rio Preto, segundo a estimativa do Sinhores (sindicato que representa donos de bares, restaurantes, hotéis e similares), contava com cerca de mil bares (fora os restaurantes) antes da pandemia. Ainda não se sabe quantos já sucumbiram. Mas os comerciantes, de forma independente, decidiram ocupar redes sociais para protestar. 

Tem que ver isso aí
Com imagens de filas gigantescas nas portas de ônibus, o empresário Cacaco Cunha se diz indignado. "Essa, infelizmente, é a maior fonte de contaminação de Covid de Rio Preto, desde o início da pandemia. Ônibus coletivos. O pessoal da saúde tem que ver isso @Aldenis Saude , colocar a culpa nos bares é muita falta de respeito com nossa classe Tem que ter fiscalização intensa nos ônibus coletivos. Os maiores prejudicados são bares e restaurantes enquanto nós ônibus lotados e aglomerados”, diz ele. 

Narrativa
A fala do secretário de trânsito, Amaury Hernandes, à Frente Parlamentar da Covid, na Câmara de Rio Preto na sexta, que também enfureceu o grupo, vai na linha oposta. Segundo o secretário, não existe lotação em Rio Preto e transporte público é mais seguro que a casa das pessoas. 

Situação caótica 1
Oficialmente, o Sinhores questiona a decisão de lockdown, mas de forma "um tanto comedida”, sem apontar "culpados". Em nota oficial, o sindicato diz que mais uma vez "está muito preocupado com toda a situação”. "É inegável o avanço da pandemia, porém não podemos esquecer a situação econômica que está caótica, principalmente no setor hoteleiro e gastronômico. Entendemos que são necessárias certas medidas para contenção do vírus. Mas também precisamos de medidas que auxiliem as empresas a enfrentar, mais uma vez, o caos.”

Situação caótica 2
O sindicato afirma ainda que cada vez mais as medidas de isolamento estão afetando a retomada econômica e os empregos gerados pelo setor. A entidade pede por incentivos para ajudar a minimizar o impacto da pandemia. A nota é assinada pelo presidente do Sinhores, o empresário Paulo Roberto da Silva, um dos mais tradicionais donos de restaurantes da cidade. 

Em tempo
Em tempo: segundo epidemiologista ouvido pelo DLNews, os dois ambientes (botecos e ônibus) são propagadores do vírus mortal sem a devida atenção aos protocolos sanitários, ou seja, distanciamento entre as pessoas, máscaras e higienização das mãos. 







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