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OPINIÃO: Vou, voto e volto

Por: Wilson Guilherme
14/11/2020 às 18:30
Opinião

Chegou o dia de cumprir uma das mais importantes obrigações como cidadão: escolher livremente meu candidato a prefeito e quem vai me representar na Câmara Municipal.


Vai ser um dia que dura quatro anos. Se escolher bem, não vai sentir o tempo  passar. Se escolher mal, terá outra chance só em 2024.

O fato relevante é que estamos indo à cabina eleitoral,  como escreve o TSE,  em um ano que, se pudesse, eliminaria do calendário. 

Convivemos o tempo todo com o vírus do autoritarismo e, a partir de  março, com o novo coronavírus.  Deste cruzamento, nasceu o vírus da ignorância. Definitivamente, 2020 é um ano pra não esquecer.

No campo político ficou clara a tentativa  de golpe militar por parte de Bolsonaro e seus seguidores mais extremados, bem como o cerceamento da imprensa e tentativas de  fechamento de instituições democráticas como o Congresso e o STF. Tentativas malogradas, felizmente, graças à reação de parte significativa da sociedade organizada. Corremos o sério risco de não termos as eleições de hoje. 

Mas, pelo que apresentaram os candidatos e pela reação dos eleitores, percebemos um arrefecimento do extremismo: nenhuma proposta bravateira de armar a população; de fechar o Legislativo ou o Fórum. Até aqui predominou a saliva, ao invés do uso de pólvora. A utilização de fake news, até onde se sabe, também não se repetiu no ritmo frenético de 2018. A própria Rede desmascarou muitas delas.

Em uma eleição municipal, os  interesses particulares falam mais alto neste momento. O eleitor que organizou ou participou de carreatas negacionistas aparece apoiando candidatos que ontem eram seus "inimigos”. A proximidade e a busca pela sobrevivência (renegociação de impostos, manutenção de cargos na máquina pública) não eliminam, mas colocam os extremos pra hibernar. Votar com o fígado ou votar com o bolso?

Rio Preto parece seguir o comportamento das principais cidades do país ao buscar novamente o equilíbrio, quem sabe até resgatando o Centro como opção política.

Acompanhado destas reflexões, além do título de eleitor,  da máscara e da caneta, farei o percurso da minha casa até o local da votação. Vou exercer o direito que ajudei a conquistar e do qual não abro mão. Hoje serei igual a todos, escolhendo quem, na  minha opinião, vai tratar a todos igualmente.

Vou, voto e volto...pra continuar a vigilância contra os que atentarem contra a democracia. Votar é muito bom. Concorda?

Wilson Guilherme é jornalista







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