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Candidatos debateram por quase três horas
Foto por: Divulgação e Arquivo Pessoal
Candidatos debateram por quase três horas

Em debate, candidatos à Prefeitura de Rio Preto prometem bolsas e até privatização do Semae

Por: Heitor Mazzoco
21/10/2020 às 00:21
Política

Encontro foi organizado pela OAB de Rio Preto na noite desta terça-feira (20) com todos os postulantes ao cargo máximo do município


Em debate organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na noite desta terça-feira (20), os 10 candidatos à Prefeitura de Rio Preto fizeram diversas promessas aos eleitores nas áreas de saúde, educação, assistência social e saneamento básico. O que chamou atenção foi o número de candidatos com promessas de criação de bolsas para auxiliar moradores abaixo da linha da pobreza diante da pandemia da Covid-19. Entre as propostas, há quem afirmou ainda que privatizará o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Semae).

Embates
Mediado pelo presidente da OAB de Rio Preto, Marcelo Henrique, os candidatos puderam perguntar para adversários no primeiro bloco. O embate mais esperado foi entre Edinho Araújo (MDB) e Coronel Helena (Republicanos).

Helena questionou a eficiência da gestão de Edinho frente à pandemia da Covid-19. Segundo ela, o número de casos e mortes são altos e não adiantou o fechamento de comércio, shoppings e supermercados.

"Percepção que temos andando pela cidade é que as medidas foram desencontradas. Fomos a única cidade do mundo a decretar mini-lockdown de três dia, fechar supermercados, que são considerados de essenciais durante a pandemia. Então, tivemos pior cenário possível. Pessoas mortas e pessoas desempregadas", disse Coronel Helena.


Edinho Araújo rebateu e afirmou que agiu pela vida. "Muitas pessoas como a senhora me criticam por ter fechado (lockdown). Outros, por ter aberto. Então, é uma situação que eu me conduzi pela ciência. Não temos remédio, não temos vacina. Qual recomendação? Uso de máscara, higienização das mãos e evitar aglomeração. Tomamos todas as providências necessárias. Eu agi pela saúde, pela vida, depois a economia", afirmou Edinho.

Escola sem Partido
Paulo Bassan (PRTB) e Celi Regina (PT) travaram uma discussão sobre o movimento Escola sem Partido. Para a petista, o projeto faz com que os professores sejam limitados na sala de aula.

"Escola sem partido, na verdade, tem partido. Graças a Deus em Rio Preto não foi aprovada, porque quer segregar. Educação é libertadora, ensina, educa. Escola sem partido quis tolir o professor. Inclusive, atuamos na Câmara para que não acontecesse isso. Já vivemos um momento tão sombrio com o governo federal que atua na país, então seria mais uma coisa a lhe dar. Graças a Deus não pegou. Temos que criar cidadãos críticos, tem que ter liberdade, vários saberes",
disse Celi.

Em resposta, Bassan afirmou que a proposta visava dar liberdade. "Será que a ideologização realmente liberta ou encaixota? Essa é a dúvida. No meu entender, a sociedade quer uma criança livre e que a família ensine como ele deve agir", afirmou.

Semae
Ainda no primeiro bloco, o candidato Carlos Arnaldo (PDT) afirmou que Rio Preto vive racionamento por falta de gestão pública. "Se nós tivéssemos promovido desassoreamento da Represa, nós teríamos uma reserva de água muito maior. Nos últimos 15 anos não foi feito desassoreamento. Então tivemos que recorrer aos poços profundos que geram custo alto de energia. Segundo ponto, interligação de reservatórios de Rio Preto. Temos dezenas de reservatórios só que não estão interligados na totalidade. Se tivéssemos, nós levaríamos água para onde falta. A falta de água em Rio Preto é uma vergonha", disse Arnaldo.


O candidato Carlos Alexandre (PC do B) afirmou que, se eleito, fará "reflorestamento para água infiltrar e recompor lençóis freáticos, desassoreamento da Represa, obras para corrigir encanamento defeituosos que jogam fora 30% de água limpa jogada no lixo diariamente".

Privatização
Filipe Marchesoni (Novo) defendeu privatização em áreas de saúde, educação e também do Semae. "Todos os candidatos sabem o que tem que ser feito. Eles querem tirar dinheiro do bolso de vocês. Nós vamos vender o Semae na Bolsa de Valores de São Paulo. Com esse dinheiro, a iniciativa privada vai fazer assoreamento, manutenção de canos. Se subirem a tarifa, a prefeitura veta", disse.

Bolsas
Marco Rillo (Psol), Marco Casale (PSL)  e Carlos Alexandre prometeram bolsas para auxiliar rio-pretenses.  "Vamos criar o ’moeda social’. Nenhuma pessoa ficará sem R$ 100 para sustento. Vamos tirar dos apadrinhados que consomem R$ 30 milhões por ano e investir nessas pessoas", afirmou Rillo. 

Em resposta, Casale afirmou ter um "plano para apresentar cartão emergencial para classe desprovida neste momento Para atender 10 mil pessoas, com R$ 350, é só olhar o orçamento", afirmou. Carlos Alexandre disse que usará 1,5% (R$ 30 milhões) do orçamento para o ano que vem de R$ 2 bilhões para conceder um auxílio para os mais necessitados por seis meses.

Rogério Vinicius (DC) destacou que beneficiou ao menos 15 mil pessoas com seu trabalho no Gada ao garantir fornecimento de medicamentos "que o município e o governo do Estado não fornecem". Ele citou também que pretende rever gastos de dinheiro público. "As secretarias precisam trabalhar de forma conjunta para que as ações não se limitem e atinjam todos os setores da Administração Pública. Precisamos de propostas para trazer investimento a Rio Preto", disse.

Assista a íntegra do debate abaixo:









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