Três postulantes ao cargo de prefeito não citam nada sobre crise sanitária
Entre os 10 candidatos a prefeito de Rio Preto nas eleições deste ano, sete apresentam propostas de enfrentamento à Covid-19 a partir de janeiro próximo, quando o próximo governo se inicia. As propostas, em sua maioria, são rasas.
Três candidatos não citam em nenhum momento soluções durante
o período pandêmico em seus planos de governo. São eles: Casale (PSL), Filipe
Marchesoni (Novo) e Paulo Bassan (PRTB). Destes, Marchesoni fala no "pós-pandemia”
apenas.
Especialistas alertam que os governos municipais que começam
a partir de janeiro ainda enfrentarão período de pandemia. Mesmo com vacina
pronta, não há como, por exemplo, vacinar toda população em um curto tempo.
Propostas
Edinho Araújo (MDB) cita em seu plano de governo, por exemplo, a criação de um
comitê para recuperar a economia local com geração de empregos durante e
pós-pandemia. "O comitê também poderá debater outras ações relacionadas à
pandemia, como a forma de recuperação dos dias letivos perdidos e calendário
escolar adequado à nova realidade, bem como o uso futuro da estrutura de saúde
montada para atender a emergência da pandemia em benefício da população
rio-pretense”, diz trecho do documento.
Coronel Helena apresenta um plano de ação com medidas durante o combate à Covid-19. Entre eles, remodelar o Comitê de Enfrentamento para incluir pastas como Desenvolvimento Econômico, Educação, Segurança e Transporte. Outra citação é auditar todos os contratos firmados para compras durante o período de calamidade pública.
Marco Rillo (Psol) critica as medidas da Prefeitura de Rio Preto no combate à Covid-19. Para ele, caso vença, há necessidade de "profissionalização e equipamento dos serviços de vigilância à saúde do município para o controle das doenças transmissíveis, em especial o combate ao Aedes Aegypti, ao Novo Coranavírus, e ao H1N1”.
No plano de governo de Carlos Arnaldo (PDT), o candidato
cita a ampliação do distanciamento social enquanto durar a pandemia. Na área da
Cultura, por exemplo, Arnaldo cita aumento de 1% no orçamento da pasta por meio
de remanejamento de verbas do orçamento para 2021.
"Em meio a Pandemia da Covid-19 e pós pandemia, trataremos com imensa prioridade todos os dados de informação para o combate ao novo coronavírus e sempre estimulando as crianças e jovens a se higienizar com constância, respeitar minimamente o distanciamento social entre os colegas, carteiras, materiais e objetos pessoais”, cita Arnaldo para área da educação.
Rogério Vinicius (DC) fala em utilizar o prédio do antigo Hospital Nossa Senhora da Paz como hospital de campanha para "reduzir a demanda por leitos covid-19 na Santa Casa e permitir a retomada gradual e segura dos serviços de saúde regulares suspensos por conta da pandemia”. Vinicius diz ainda que vai reestruturar o Comitê de Enfretamento à Covid-19. "Garantindo a participação de todos os segmentos da sociedade, especialmente de representantes da Acirp, de cada setor por ela representado, de sindicatos de classe, de serviços de saúde públicos e privados, da Secretaria da Educação, e dos Conselhos de Bairros”.
O candidato Carlos Alexandre (PC do B) afirma que há
necessidade em cumprir o isolamento social. "É urgente o isolamento social, os
serviços de saúde geral, não só os de UTI, mas o de evitar que as pessoas
fiquem doentes, acreditar na Ciência e nos especialistas, principalmente os da
nossa cidade, municiar as pessoas para a sobrevivência, entender os parâmetros
da pandemia e ter outro procedimento nas soluções, com foco nas pessoas, não só
na Economia”, diz.
Celi Regina (PT) propõe "ampliar cobertura da média
complexidade, testar alunos na volta às aulas e manter distanciamento social”.
"Ampliar a cobertura da média complexidade para cobrir as necessidades da população local e a rede de serviços emergenciais para desenvolver ações estratégicas de enfrentamento ao Covid-19”, diz trecho do plano de governo.