A Prefeitura de Rio Preto vai gastar R$ 778 mil para contratar empresa para realizar o fumacê na cidade, ao longo de 12 meses. A contratação se trata de uma ação preventiva de contra-ataque caso os números de dengue, zika e chikungunya voltem a crescer na cidade.
A empresa Guizzo Controle de Vetores e Pragas EIRELI venceu
a licitação, que foi publicada no Diário oficial da cidade nesta quinta-feira (19). A
previsão é que a empresa esteja habilitada para colocar a nebulização em ação em
aproximadamente um mês, ou seja, a partir de outubro, e dure doze meses.
O assessor especial da Secretaria da Saúde de Rio Preto,
André Baitelo, explicou que em 2018 a contratação foi feita da mesma maneira,
ou seja, a nebulização só vai ser colocada nas ruas caso os números de dengue,
zika e chikungunya voltem a crescer e em regiões específicas.
"A nebulização não vai necessariamente acontecer por toda a
cidade. Ela vai acontecer caso os números voltem a crescer em determinada
região e, então, a nebulização será direcionada”, explicou.
A empresa vai ser
contratada para a nebulização costal, que é a feita por um aparelho portátil em
que o agente de saúde coloca nas costas. Também a que é feita por meio de
carro, que tem maior abrangência e alcance. Ambas são eficientes contra a
proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue,
zika e chikungunya.
Atualmente Rio Preto lidera com o maior número de os casos
de dengue no Estado de São Paulo. Rio Preto enfrentou uma epidemia no começo
deste ano. Segundo a Secretaria da Saúde, houve um salto de 300 para 1.252
casos positivos só no mês de janeiro. Em junho a cidade confirmou 21.836 casos e 12 mortes causadas pelo mosquito, já no mês de julho o número pulou
para 31.274, e foram confirmadas 14 mortes. Outras doenças como a zika e
chikungunya também foram confirmadas no mês de agosto deste ano.
Os números assustam se comparado ao ano passado, já que
apenas 116 casos de dengue foram confirmados, além de 104 de zika e 12 de
chikungunya, doenças transmitidas também pelo Aedes aegypti.
Ainda de acordo com Baitelo, a empresa Guizzo venceu pelo menor valor ofertado. "Vai funcionar como se fosse uma consignação. Vamos usar de acordo com a necessidade. É importante nos mantermos preparados para caso os números, que hoje estão controlados, voltem a crescer. A epidemia está controlada apesar de ainda ter alguns casos. O objetivo é manter o número de casos baixos. Outra expectativa que temos é poder oferecer em mais dois ou três anos a vacina contra a adengue na rede pública”, disse.