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A jornalista Ana Rogéria Ribeiro

OPINIÃO: A complexidade da cobertura de TV nas eleições

Por: Ana Rogéria Ribeiro
28/09/2020 às 19:24
Opinião

Telejornalismo, ao vivo, é um duelo com os ponteiros do relógio, cada segundo importa


Se tem um pesadelo para quem trabalha numa emissora de TV regional, ele se chama Eleições Municipais. Começa com um desfalque de 3 meses em sua equipe, caso algum repórter ou apresentador decida participar do pleito. O TSE entende que esses profissionais levariam vantagem sobre os demais, pela exposição na TV, e está coberto de razão.  

Esse equilíbrio na cobertura é um fantasma implacável. Recentemente tivemos as convenções, em que foi dado o mesmíssimo tratamento a todos os candidatos, apresentando a coligação, perfil dos candidatos a prefeito e vice, e entrevista de 1 minuto com o majoritário. Falando assim parece simples, mas, considerando as 10 candidaturas lançadas em Rio Preto, tivemos que nos adequar às datas, horários e locais de cada uma delas, lidando com as indefinições, desencontros, adequações às convenções online e limitações de acesso impostas por alguns partidos. E ainda ajustar tudo isso à pauta do repórter, que não pode se dar ao luxo de fazer apenas essa cobertura, pois temos um longo tempo de jornal para colocar no ar diariamente. 

No próximo dia 09, começa a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na TV, serão 10 minutos diários que vão interromper O Balanço Geral. Telejornalismo, ao vivo, é um duelo com os ponteiros do relógio, cada segundo importa. Cumprimos rigorosos horários de entrada e saída do jornal a cada edição. Com o horário eleitoral no meio do programa, teremos embate duas vezes ao dia. 

Mas o nosso objetivo é levar o máximo de conteúdo e informação para a população conhecer os candidatos e escolher aquele que acredita ser a melhor opção. 

Com todas as limitações que o TSE nos impõe, acabamos usando, em televisão, dois formatos: o debate e a sabatina. Isso facilita bastante a nossa logística, pois recebemos os candidatos nos estúdios. O grande desafio é mesmo o dia das eleições, quando temos que acompanhar o voto dos candidatos, com apenas 3 equipes de reportagem por período, soltando flash’s na programação, cobrindo a apuração dos votos, dando o resultado do primeiro turno, sem fazer hora exta! 

Como fazer tudo isso? É o que teremos que resolver até lá. Só lembrando que dois dias antes das eleições teremos a última sexta-feira 13 de 2020, pra dar um tempero extra!

Ana Rogéria Ribeiro, 44 anos, é jornalista formada na turma de 1997 da Unimar, em Marília. Atualmente é chefe de jornalismo na Record TV Rio Preto

O próximo Ponto de Vista é da jornalista Mel Cerozi 








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