De acordo com engenheiro agrônomo, serão necessários mais de 10 anos para repor os trechos que eram cobertos por árvores maiores
A Secretaria Municipal do Meio
Ambiente informou que o prejuízo causado pelo incêndio que devastou 500 hectares da região da Floresta Estadual do Noroeste Paulista (antigo IPA) causou
um prejuízo de, no mínimo, R$ 1,3 milhão à Prefeitura. Ainda de acordo com a
pasta, as perdas estimadas com reflorestamento foram de 70%. Ao todo, foram aplicados R$ 1,8 milhão em reflorestamento no local.
A área ocupada pela Floresta
Estadual destruída pelo incêndio era composta por reflorestamentos em diversos
estágios, com locais completamente arborizados. De acordo com o engenheiro
agrônomo e chefe de divisão do Viveiro Municipal, Otton Garcia de Arruda, serão
necessários mais de 10 anos para repor os trechos que eram cobertos por árvores
maiores.
"Nos fragmentos que foram
recentemente plantados pela Prefeitura, nós iniciamos o início do plantio próximo
a setembro do ano passado. Então, as mudas que foram queimadas tinham recém
completado um ano de idade. Será necessário mais ou menos um ano, do zero, para
repor essas mudas que já estavam com aproximadamente dois metros de altura”,
explicou.
No total foram perdidas 17 mil
mudas em duas áreas de reflorestamento – uma delas na Floresta Estadual e a
outra em área do município às margens da avenida Abelardo Menezes.
A pasta informou ainda que está contabilizando
as perdas e vai determinar, junto aos envolvidos, quais serão as medidas a
serem tomadas.
"Já existe uma brigada de
incêndio coordenada pela Defesa Civil e que envolvem setores da Prefeitura, Bombeiros,
Policia, Instituto Florestal, Unesp, Instituto de Pesca. Para atuarem em
conjunto nessas situações, porém, devido à baixa umidade e tempo seco, não
houve possibilidade de controle, mesmo estando com aceiros e coroas ao redor
das mudas. Antes mesmo do período seco, a área é regularmente mantida limpa e
inspecionada. Não existe uma equipe de incêndio exclusiva para a área.
Com o retorno das chuvas, as ações de restauração serão retomadas”,
informou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente em nota.
Trabalho intenso
Pelo menos 40 pessoas trabalharam
diretamente no combate ao incêndio que atingiu a região da Floresta Estadual do
Noroeste Paulista (antigo IPA), segundo a Prefeitura de Rio Preto. A área
afetada compreende o Instituto Florestal, a Estação Ecológica e o Instituto de
Pesca.
No momento mais intenso do fogo,
às 16h da quarta-feira (9), o trabalho chegou a ser dividido em sete frentes de
combate, que envolveram Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar,
Polícia Ambiental, Semae, secretarias de Serviços Gerais e Meio Ambiente, além
de uma usina da região.
Outras 100 pessoas atuaram no monitoramento
e suporte às ações, entre às quais os agentes da Guarda Civil Municipal, que
orientaram as frentes de trabalho após analisar as imagens capturadas pela
câmera instalada na Estação Ecológica.
Além do capital humano, a ação
contou com o apoio de três caminhões pipa, dois veículos tanque, uma
caminhonete com propulsão de água, seis caminhões do Corpo de Bombeiros, um
avião com capacidade para 2 mil litros de água e o helicóptero Água, da PM.
O incêndio
Favorecido pelos ventos fortes e
pela baixíssima umidade do ar – 10% durante as tardes –, o incêndio florestal
teve início no meio da tarde desta última quarta-feira, dia 9, e alastrou-se
rapidamente. A área total é de 750 hectares.
De acordo com a Defesa Civil, o
longo período de estiagem deixou a vegetação nativa muito seca, o que
potencializou a ação do fogo.
O fogo chegou a ser controlado na
noite de quarta-feira, mas houve reignição durante o rescaldo, na manhã de
quinta-feira, obrigado as equipes a reunir-se novamente em força máxima para
extinguir os novos focos.
No momento, a situação é considerada sob controle pelas equipes que atuaram no local.