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Denilson Marzocchi, pré-candidato tucano à Prefeitura de Rio Preto
Foto por: Divulgação
Denilson Marzocchi, pré-candidato tucano à Prefeitura de Rio Preto

Bolsonarista, novo nome do PSDB à Prefeitura de Rio Preto bate pesado nas medidas de Doria contra Covid

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Heitor Mazzoco
12/09/2020 às 18:26
Bastidores

Empresário Denilson Marzocchi assumiu como pré-candidato no lugar do delegado-vereador Renato Pupo


Estranho no ninho 1
Notório representante do núcleo de empresariado bolsonarista de Rio Preto, com discurso negacionista em relação ao novo coronavírus no início da pandemia e um dos mais barulhentos críticos à quarentena imposta pelo governo do Estado aos municípios, o empresário Denilson Marzocchi foi catapultado neste sábado (12) ao posto de candidato tucano à prefeitura de Rio Preto, em substituição a Renato Pupo, que desistiu de brigar pela cadeira ocupada por Edinho Araújo (MDB). 

Estranho no ninho 2
Em sua cruzada contra as políticas de isolamento social, Denilson Marzocchi foi o primeiro a dar voz aos setores críticos ao fechamento de estabelecimentos comerciais e outros serviços não-essenciais, organizando manifestações de protestos que tinham como alvo João Doria (PSDB) e o prefeito Edinho Araújo (MDB). Escreveu textos pesados em suas redes sociais, entrando em rota de colisão com médicos, por exemplo.  

Virada à direita
Ex-PDT, o empresário começou sua conversão à direita pelo PSD do vice-prefeito Eleuses Paiva, legenda que chegou a presidir. Virou ativista dos movimentos em apoio ao governo Jair Bolsonaro (sem partido). Migrou para o PSDB no início deste ano por influência do delegado-vereador Renato Pupo, de quem é amigo pessoal. 

Entre os dois 
Marzocchi, que integrava o núcleo duro da pré-candidatura de Pupo - com Manoel de Jesus Gonçalves (presidente local da legenda), Roberto Perosa e Marcos Apóstolo -  teria alinhado diretamente com o delegado a alternativa de sucedê-lo no posto de pré-candidato a prefeito pelo PSDB. A decisão de não concorrer foi exclusiva do delegado, que já vinha dando sinais de dúvida diante da dificuldade de criação de um palanque forte em torno de seu nome. 

Deu a notícia 
Pupo bateu o martelo em reunião neste sábado em que participaram os integrantes do comando da pré-campanha e o presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, que também responde pela Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado. Vinholi e Perosa eram os principais "padrinhos” da candidatura do delegado, depois que Vaz de Lima e a mulher, Ivani, foram convencidos a se auto-exilarem na Capital para dar espaço ao surgimento de novas lideranças tucanas na cidade. 

E agora? 1
Em fala ao DLNews logo após o anúncio de desistência de Renato Pupo, Marco Vinholi disse que o PSDB voltará a conversar para definir os próximos passos que o partido dará. "Nós iremos avaliar agora qual caminho o partido vai seguir na cidade nessas eleições”, completou ele ao ser questionado pela coluna se o PSDB pode se aliar ao ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB) ou outro candidato como vice. 

E agora? 2
O presidente local da legenda tucano, Manoel de Jesus, no entanto, considera tal possibilidade descartada. Segundo ele, o partido vai em busca até quarta-feira (16), data final das convenções, de um vice para o empresário que não componha "chapa puro sangue”. Com Pupo fora, no entanto, aumentam a especulações de que as conversas com Valdomiro Lopes (PSB) avancem. Ou, então, com Marco Casale (PSL). 

Revolta interna 1
Ao mesmo tempo que tenta achar um caminho, o PSDB se viu diante de uma tremenda crise interna com os pré-candidatos a vereador, que se sentiram excluídos do processo de decisão. Um deles, o médico César Gelsi, entrou no grupo de Whatsapp da legenda para convocar reunião e expor sua indignação. 

Revolta interna 2 
"Vocês decidem sem comunicar ninguém. Eu acho que todos deveriam ser comunicados antes de decisões tão importantes. E o que vocês estão fazendo com pessoas que estão concorrendo pela primeira vez no partido é lhes retirar a chance que tinham. Em toda minha vida nunca me senti tão imbecil, mas sei que vocês vão convencer os menos experientes a ficar, e eles ingenuamente acatarão. Eu sou homem não moleque. Onde vocês pensaram em grupo? Tenho até minha dúvida se o executivo rio-pretense  não tem dedo nisto", afirmou.  

Foco no Legislativo
Após desistir da candidatura, Pupo vai disputar uma  vaga na Câmara de Rio Preto. Ele foi eleito pela primeira vez em 2012 e reeleito em 2016. O tucano disse ainda que espera que Gelsi se acalme. "Tem temperamento forte, mas a poeira vai baixar e ele vai se acalmar", afirmou. 

Garrafa cheia 1
Na linha, "temos trabalho para mostrar”, o prefeito Edinho Araújo foi o quarto nome oficializado como candidato à reeleição em convenção do MDB neste sábado (12). Edinho e o vice, o ex-deputado estadual Orlando Bolçone, fizeram discurso na linha de "união pelo bem da cidade”.

Garrafa cheia 2
"O que estou oferecendo ao povo de São José do Rio Preto é a minha experiência e a minha visão de futuro, ao lado do professor Orlando Bolçone”, disse Edinho. "Eu e meu vice temos a marca do diálogo, da transparência, cientes dos desafios. Creio que a nossa experiência administrativa poderá fazer a diferença nos tempos pós-pandemia”, afirmou. O prefeito conta ainda com apoios consolidados do PP, PL, PSD, Patriota, Avante, Podemos e PMB. 

Ausente aqui...
Principal fiador da chapa Edinho Araújo (MDB) e Orlando Bolçone (DEM), o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), foi a ausência mais sentida na convenção que oficializou a candidatura da dupla à Prefeitura de Rio Preto na manhã deste sábado (12).  

… presente lá 
No mesmo horário, Rodrigo marcou presença, ao lado do governador João Doria (PSDB), na convenção tucana à Prefeitura de São Paulo, que lançou Bruno Covas à reeleição, com o vereador emedebista Ricardo Nunes como vice. 

Mais um oficializado 
O empresário Carlos Alexandre (PC do B) também carimbou sua candidatura a prefeito neste sábado (12). Ele terá a escritora e professora Merli Diniz como vice. É o quinto nome oficializado na disputa. A convenção dos comunistas de Rio Preto contou com as presenças de Celi Regina (presidente e pré-candidata do PT) e de Luciana Fontes (presidente do Psol e pré-candidata a vice de Marco Rillo). 

Convenção PT 
 O PT fará sua convenção neste domingo (13) às 10h. A atividade deverá homologar a chapa encabeçada pela sindicalista Celi Regina, que terá como vice o também sindicalista e ativista de movimentos negros João Alfredo. É chapa pura. A convenção do PT contará com a participação online de  Arlindo Chinaglia (deputado e presidente do parlamento do Mercosul), Carlos Gabas (ex- ministro da Previdência Social) e Edinho Silva (atual prefeito de Araraquara). 

Operação arroz 1
O Procon-SP e a  Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado prometem uma operação especial de monitoramento e combate à remarcação de preços "excessiva e injustificada” de produtos da cesta básica. A fiscalização terá início nesta segunda (14) e se estenderá a todos os municípios paulistas. Os principais produtos impactados com a alta repentina são  arroz, feijão, carne, óleo de soja, leite longa vida e seus derivados. 

Operação arroz 2
Inicialmente não haverá multa para os estabelecimentos. Vai ser feita a constatação de quanto o empresário pagou e por quanto está vendendo o produto. "Em seguida, vamos comparar com os valores que ele praticava no primeiro semestre. A multa será aplicada, em último caso, quando o aumento da margem de lucro for injustificado e desproporcional”, afirmou secretário de Defesa do Consumidor, Fernando Capez.

O problema 1
Arnaldo de Freitas Vieira, diretor do Procon de Rio Preto, afirma que é preciso explicar que a culpa não é "somente” dos supermercados. "Na nossa visão, como órgão de defesa, eles têm parcela na culpa, sim, mas não sozinhos. O problema maior está no fornecedor/fabricante/produtor que resolveu ganhar em dólar, exportando em plena pandemia, pensando unicamente no seu lucro pessoal. Isso tem que ficar bem claro para o consumidor.”

O problema 2
Quanto aos supermercados, segundo Arnaldo, a responsabilidade ocorre quando são remarcados preços de alimentos em estoque, com a desculpa de já terem sido comprados com o preço elevado, sendo que na verdade estavam somente dando vazão aos produtos já adquiridos. A orientação é que o consumidor pesquise preços ao máximo. E que também evite estoque de alimentos (mesmo com os preços do jeito que estão). 

Falta gente 
Quanto à fiscalização de possíveis abusos na cidade, Arnaldo volta a insistir que falta fiscais para o serviço. "Já passou da hora de Rio Preto ter uma fiscalização municipal novamente no Procon. Já passou da hora de se repensar uma estrutura administrativa para o Procon municipal, capaz de ter um setor de fiscalização, de pesquisa, de educação para o consumo. Cidades muito menores, como Barretos por exemplo, estão anos-luz à nossa frente quando o assunto é defesa do consumidor. Precisamos urgentemente discutir isso com a sociedade”, afirmou 

Horário da confusão  
Desde que a região avançou para fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização das atividades econômicas, o comércio de rua de Rio Preto está funcionando até as 17h aos sábados, o que tem desagrado boa parte da categoria. Isso porque, por lei municipal, o setor deve funcionar até as 14h aos sábados, regra definida em acordo coletivo. 

Lavaram as mãos 1
A vereadora Marcia Caldas (PSD), do Sincomerciários (sindicato dos empregados do comércio), reuniu-se com o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Luís Souza. A parlamentar pediu solução para que as lojas fiquem abertas até as 14h. Edinho e Jorge, no entanto, disseram que seguem o Plano SP, que prevê o funcionamento por oito horas. 

Lavaram as mãos 2
O secretário disse, no entanto, que os sindicatos de trabalhadores e o patronal (Sincomércio) podem entrar em um acordo. "Explicamos que esse horário é temporário, até mesmo para não causar aglomerações. Mas se os sindicatos decidirem (mudança de horário) a Prefeitura não tem nem como se opor”, disse Souza. 

Emendas 
Apesar do bom trânsito na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), terá dificuldades para aprovar o projeto que extingue autarquias e modifica o orçamento de diversas áreas. Isso porque, os deputados já apresentaram 623 emendas ao projeto. 

Enfrentamento
Deputados de oposição, inclusive, vão para o enfrentamento na tentativa de retalhar o projeto e barrar cortes previstos para, por exemplo, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).







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