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Inara e Andressa na formatura da faculdade: "Conhecendo ela como eu conhecia, é inacreditável", lamenta a amiga
Foto por: Arquivo pessoal
Inara e Andressa na formatura da faculdade: "Conhecendo ela como eu conhecia, é inacreditável", lamenta a amiga

"Ela era extremamente feliz e batalhadora”, diz amiga de personal trainer assassinada pelos vizinhos

Por: Karol Granchi
12/08/2020 às 18:13
Polícia

Andressa Serantoni foi morta com golpes de faca por casal de vizinhos, no início da tarde desta quarta-feira (12), no bairro Anchieta, em Rio Preto


Completamente abalada, a personal trainer Inara Sofia, de 32 anos, não consegue acreditar no crime que tirou a vida de sua grande amiga, a também personal trainer Andressa Serantoni, morta no início da tarde desta quarta-feira (12), em frente da casa da mãe, no bairro Anchieta.

Andressa alimentava o cachorro quando foi surpreendida pelo casal de vizinhos, que estariam incomodados com o latido do animal. Enquanto a mulher segurava a vítima, o jardineiro Joel Fernandes Santos, de 39 anos, a esfaqueou várias vezes na região do pescoço. Outro vizinho tentou socorre-la, mas Andressa não resistiu e morreu no local.

"Ela era extremamente feliz, batalhadora, amava a educação física. Uma menina inteligente que se esforçou muito na faculdade e lutava por uma educação física de qualidade. Era extremamente comprometida com tudo o que fazia”, disse Inara ao DLNews.

A última conversa entre as amigas aconteceu ontem à noite. Inara jamais imaginaria que aquelas seriam as últimas palavras trocadas com Andressa. "A única expectativa dela era que essa pandemia passasse logo. Ela era muito ambiciosa quanto à área de personal trainer”, conta Inara sobre os planos da amiga.

Andressa e Inara eram amigas há nove anos. As duas se conheceram quando entraram na faculdade em 2011, onde estudaram juntas.

"Sempre fazíamos especialização juntas, conversávamos sobre finanças e administração de empresa, trocamos alunos. Ela era muito otimista e batalhou muito pela academia dela. Não é por ser minha amiga, mas a Andressa era zero defeitos. Quando eu estava para fechar a minha academia, ela me incentivou para que eu não fizesse isso. Ela sempre acreditava no melhor, sabe? Dói muito tudo isso que aconteceu com ela”, lamenta.

O casal de assassinos foi preso dentro de casa, por policiais do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). No momento do flagrante, segundo informações da corporação, homem e mulher saíram no quintal com os quatro filhos. As crianças foram recolhidas pelo Conselho Tutelar.

A mulher tinha R$ 6 mil em dinheiro nos bolsos da blusa, que foram apreendidos. O crime, ainda segundo a polícia, teria sido motivado porque os vizinhos estariam irritados com o latido alto do cachorro de Andressa. Os policiais informaram ainda que a suspeita também tinha o hábito de filmar a personal e a vizinhança com o celular. A mulher ainda teria ciúmes dos olhares do marido para a vítima.

"Ela amava os animais, tanto que ela tinha dois cachorros. Eu não paro de receber notícias sobre ela, desde então não consegui fazer mais nada. Hoje estou muito triste, infelizmente é muita crueldade. Nada justifica o que esse casal fez com ela! Não dá para acreditar,  conhecendo ela, da forma que conheci, é inacreditável!”, desabafou Inara.

Tentativa de homicídio  

O jardineiro Joel Fernandes Santos, suspeito de assassinar Andressa, foi denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio em 2015. Segundo processo que corre na Justiça, Joel teria tentado matar o vizinho, um mecânico de 26 anos, no Jardim Maria Lucia.

De acordo com o MP, Joel surpreendeu o vizinho enquanto ele fechava o portão e o feriu com golpes de facão. O motivo do crime seria porque a vítima teria reclamado do barulho provocado pelos filhos de Joel. À polícia, o suspeito teria dito que atacou o vizinho porque o homem teria feito gestos obscenos para a filha dele. 

O jardineiro chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto. No ano passado, a Justiça de Rio Preto decidiu que Joel deveria ser encaminhado ao Tribunal do Júri, para responder por tentativa de assassinato. Mas Joel recorreu da pronúncia ao Tribunal de Justiça (TJ), que analisa o caso.







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