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Delegado Paulo Moreschi recebe alta após ficar 23 dias internado após contrair Covid-19
Foto por: Arquivo pessoal
Delegado Paulo Moreschi recebe alta após ficar 23 dias internado após contrair Covid-19

"Saio do hospital com o desejo de reconstruir minha vida", diz delegado de Rio Preto que contraiu Covid

Por: Karol Granchi
14/07/2020 às 11:07
Saúde

Delegado titular de Uchoa, Paulo Rogério Maciel Moreschi, de 43 anos, que também atua na Central de Flagrantes de Rio Preto, chegou a ficar intubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Beneficência Portuguesa


Após passar 23 dias internado no Hospital Beneficência Portuguesa após contrair Covid-19, o delegado titular de Uchoa, Paulo Rogério Maciel Moreschi, de 43 anos, que também atua na Central de Flagrantes de Rio Preto, foi curado e recebeu alta nesta terça-feira (14). Ele está com a mulher e o filho. 

"Primeiramente eu gostaria de agradecer todas as orações que foram feitas pela minha recuperação. Essa doença é muito grave e não abala só o nosso corpo físico, mas nosso emocional. Saio do hospital com a certeza de que apesar de não termos controle sobre esse vírus, podemos controlar de certa forma a contaminação, usando máscara e evitando a aglomeração de pessoas. Saio com o desejo de reconstruir minha vida e restabelecer a normalidade como era antes, cuidando mais da minha saúde e priorizando a vida. Amém", disse o delegado ao DLNews.

Moreschi apresentou os sintomas da doença no dia 17 de junho e chegou a passar mal na delegacia de Rio Preto. O estado de saúde ele foi grave  - o delegado foi internado na UTI no dia 22 de junho, chegando a ficar intubado por nove dias.

Ao fonoaudióloga Cândice Lima Moreschi, mulher do delegado, contou que se sente grata por todas as orações enviadas ao marido e sua família. "Sentimos todo o carinho e as orações”, disse.

Vida saudável

Mesmo contraindo a doença, Moreschi não tinha comorbidades, fazia atividades físicas regularmente e seguia uma alimentação saudável.

"Pra mim, o que ficou mais marcante foi a evolução rápida da doença, o fato de ele não ter nenhuma comorbidade. O fator de risco dele é a exposição que ele sofre no trabalho e o fato desse diagnóstico inicial de dengue, eu acho que pelos sintomas serem parecidos. Isso chama bastante atenção e serve de alerta para outras famílias e pessoas que apresentarem sintomas semelhantes”, disse Cândice.

Linha de frente

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), mais de 4 mil policiais militares, civis e técnico-científica estão afastados com suspeita ou diagnóstico positivo para a doença, correspondendo a 3,6% do efetivo de 113 mil agentes. Até o momento já são 10 policiais militares e seis policiais civis mortos pela doença, totalizando 16 óbitos.

Para a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, os números de novos casos entre policiais infectados com Covid-19 aumentam quase diariamente, assim como os afastamentos.

"Enquanto essa situação não estiver controlada, é necessário que os policiais que se enquadram em algum grupo de risco permaneçam afastados das atividades nas delegacias e do contato com o público. O Estado também deve limitar os registros de boletins de ocorrências em delegacias somente aos casos em que a ação policial imediata for fundamental, como homicídios, latrocínios e remoção de cadáver; violência doméstica e contra crianças e adolescentes; estupro, sequestro e cárcere privado; e autos de prisão em flagrante”, disse.

Para registrar um boletim de ocorrência eletrônico, clique aqui.

 







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