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Vila Dionísio: setor sofre com impacto da pandemia
Foto por: Divulgação
Vila Dionísio: setor sofre com impacto da pandemia

Vila Dionísio terá atividade reduzida e dono fala que setor foi abandonado pelo poder público

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Heitor Mazzoco
04/07/2020 às 17:23
Bastidores

Setor de bares, restaurantes e casas noturnas é um dos que mais sofrem com a pandemia do novo coronavírus


Sem terça
Um dos pubs mais tradicionais do interior de São Paulo, o Vila Dionísio (com unidades em Rio Preto e Ribeirão Preto) é outro representante do setor de bares, restaurantes  e casas noturnas que busca alternativas para sobreviver aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Com o segmento fechado desde março e ainda sem previsão de retorno, o comando do Vila já decidiu que o local não funcionará mais cinco dias na semana. A ideia é abrir as portas ao público, quando isso for permitido, somente dois ou três dias. A congestionada  "Terça Tripla”, por exemplo, ficará congelada até que seja possível medir como a clientela irá responder diante do "novo normal".  

Desabafo 1 
O empresário Alexandre Zanin, dono do Vila, faz um desabafo diante das incertezas e desafios à sobrevivência das casas noturnas e congêneres, estabelecimentos que deverão ser os últimos a voltar. "Pubs como Vila, casas noturnas e boates devem demorar um pouco mais (para reabrir). E, na verdade, não sei se a nossa briga deveria ser para abrir. A gente deveria pressionar mais por créditos, por algum tipo de ajuda, porque a gente paga pesadíssimas taxas, pesadíssimos impostos para se manter funcionando”, diz ele. 

Desabafo 2
Ainda segundo Zanin, o setor é "ultra-fiscalizado e ultracontrolado” pelo poder público”.  Mas ignorado num momento como esse. "Na hora que a gente precisa de uma ajuda, ninguém aparece. Estamos há 105 dias fechados e até agora não recebemos absolutamente nenhuma ajuda do poder público”, afirmou. 

"É muito pesado”
Zanin não demitiu nenhum funcionário até o momento nas unidades do Vila Rio Preto, Ribeirão e no Chico Barrigudo, outro bar de sua propriedade. Apenas em Rio Preto, são 36 funcionários registrados, sem contar os terceirizados. "Mas eu preciso de ajuda para manter isso. Simplesmente, você vai ficar fechado, mas sem nenhuma ajuda? Você tem que continuar pagando IPTU, uma série de encargos, assumindo todos os custos ou grande parte dos produtos. É muito pesado”. 

Expectativa
A região de Rio Preto está na fase 2, laranja, do Plano São Paulo de flexibilização. Caso passe para fase 3, amarela, há liberação de bares e restaurantes. O primeiro passo, então, segundo Zanin, será priorizar a reabertura do Chico Barrigudo.

Campanha 
A Acirp está investindo R$ 100 mil em uma campanha de "flexibilização consciente” das atividades econômicas, e que deve se estender até Rio Preto chegar na Fase 4 do Plano SP, com o objetivo de convencer a sociedade que "o trabalho não é o vilão” no avanço do coronavírus.  

Culpa das festas 
"Boa parte da infecção pelo Covid não acontece no comércio, mas, sim, nas festas, encontros e reuniões de lazer que sabemos que continuam acontecendo”, afirmou ao DLNews o presidente da entidade, o empresário Kelvin Kaiser. 

Ficou no lucro
O tom adotado pela entidade mostra que, dada a "onda vermelha” que tomou conta da maior parte do interior paulista, incluindo regiões como Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Sorocaba e Campinas, Rio Preto está no "lucro”. 

Fique em casa 
Daí que, a primeira fase da campanha da Acirp entrou na linha de convencer a população a aderir a medidas preventivas, como uso de máscaras (com blitze em parceria com a Guarda Municipal) e incentivo ao isolamento social. "Agora, realmente, é o momento de pico da doença e é preciso cuidado rigoroso com a proliferação. Quem pode, fique em casa”, diz Kelvin. 

Oremos pelo HB 1
Viralizou nos grupos de Whatsapp um áudio do veterano médico e ex-diretor da Funfarme José Francisco Gandolfi pedindo orações para o Hospital de Base. Com voz embargada, ele se mostra fortemente abalado pelo fato de o médico Jorge Fares, atual diretor-executivo da Funfarme, estar entubado na UTI, com Covid-19.  

Oremos pelo HB 2
" O diretor-geral, o doutor Jorge, acabou de ser intubado agora de manhã. Isso é um desalento muito grande para toda a comunidade, porque ele é um grande líder lá dentro do Hospital de Base. Nesse instante, então, eu peço que o conselho esteja em oração. E que estejamos orando ao nosso Deus pelo Hospital de Base, que é o grande esteio de nossas cidades da região”, diz Gandolfi. 

Recorde 
Neste sábado (4), Rio Preto voltou a virar notícia em rede nacional sobre o avanço da Covid-19 pelo Interior de São Paulo. A cidade registrou sete mortes provocada pela doença em 24 horas, novo recorde. Com isso, o município totaliza 93 óbitos. Foram ainda 217 novos infectados pelo novo coronavírus, somando 3.296 casos positivos. 

Covid em Bady
O vereador Rafael Damásio (MDB), de Bady Bassitt, foi diagnosticado nesta sexta-feira (3) com a Covid-19. Na quinta (2), um assessor da Câmara de Bady também teve teste positivo. Os dois estão em isolamento domiciliar. Damásio afirmou ao DLNews que está bem, sem febre, apenas com sintomas leves. É o segundo vereador a testar positivo para a doença no município.  No final de junho, o prefeito da cidade, Luiz Antonio Tobardini (PSDB), também foi diagnosticado com a Covid-19. 

Estaca zero 
A prorrogação das eleições para 15 e 29 de novembro, e a consequente dilatação de prazos estratégicos, como as convenções que selam as alianças partidárias, devolveu à estaca zero, em Rio Preto, muitos "namoros” que já estavam próximos de virar  "casamentos”. 

Confortável 
O fato é que, até agora, o prefeito Edinho Araújo (MDB) é um dos poucos com uma base consolidada de legendas para chamar de sua. Além do próprio MDB, seu palanque conta com o PSD (de Eleuses Paiva), o Patriota (dos vereadores Pedro Roberto, Zé da Academia e José Carlos Marinho) e o PP (de Paulo Pauléra, presidente da Câmara).  

Quer mais 
O prefeito ainda tem a expectativa de angariar para seu palanque dois pesos-pesados com cargos dentro do governo e que integram sua base de apoio no Legislativo: o cobiçadíssimo DEM (do vice-governador Rodrigo Garcia) e o PL (do vereador Fábio Marcondes e do deputado federal Luiz Carlos Motta). 

Pouco à frente
Entre os opositores, Carlos de Arnaldo, do PDT, estaria uma casa à frente dos demais em termos de alianças, uma vez conseguiu fincar pé dentro do PV (que já foi de Edinho) e da Rede Sustentabilidade. 

Cobiça de esquerda 
Com a implosão da alardeada frente de esquerda pós-racha entre PT e PSOL, o PC do B virou alvo de disputa ferrenha entre a petista Celi Regina e o psolista Marco Rillo.  Frustrados com a briga entre os camaradas, os comunistas ameaçam sair sozinhos no primeiro turno também. 

Cobiça de direita 
Do outro lado da régua ideológica, O PSL é cobiçado pelo PSDB e pelo Republicanos, embora Marco Casale mantenha seu nome como candidato. O tucano Renato Pupo, que tem compromisso de apoio do Cidadania, acredita que reconquista o PSL para  seu palanque, em troca do posto de vice. Já o grupo da Coronel Helena (Republicanos) garante que já tem pelo menos uma sigla fechada, mas não revela qual é. 

Novas datas 
Pelo novo calendário eleitoral, as convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e deliberações sobre coligações devem ocorrer entre 31 de agosto e 16 de setembro. Registros de candidaturas e coligações devem ser solicitados até 26 de setembro. 

Finalmente
O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), nem se importou em acordar cedo neste sábado (4) fresquinho, afinal a pauta era boa. Ele participou da discreta entrega, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), do trevo de Talhado, na BR-153. Ainda há obras próximas a serem realizadas com a promessa de que toda a duplicação no trecho de Rio Preto da rodovia esteja pronto até o final deste ano.

’Demorou’
No local, o presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), pegou carona na atividade e falou do alívio dos beneficiados. Isso porque o trevo de Talhado foi fechado para obras em maio de 2019 e só entregue neste sábado. "Demorou demais para entregar", disse Pauléra, que citou comerciantes prejudicados no período de obras.







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