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Mulher grávida foi agredida em Rio Preto por policial militar
Foto por: Reprodução
Mulher grávida foi agredida em Rio Preto por policial militar

Grávida agredida por PM em Rio Preto processa Doria em R$ 100 mil; veja vídeo

Por: Heitor Mazzoco
02/07/2020 às 18:16
Cidades

Na inicial da ação, o advogado sustenta que a jovem começou a filmar uma abordagem de dois policiais que tentavam fazer um garoto de 15 anos engolir maconha – ele era suspeito de tráfico de drogas.


A jovem rio-pretense de 23 anos que foi agredida por um policial militar em fevereiro deste ano entrou com uma ação por dano moral contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Isso porque, o tucano afirmou na rede social Twitter que Isabela Sabino de Souza resistiu à prisão por tráfico de drogas. Ela pede R$ 104,5 mil de indenização. 

O advogado sustenta que a jovem começou a filmar uma abordagem de dois policiais que tentavam fazer um garoto de 15 anos engolir maconha no bairro Santo Antônio, em Rio Preto. O adolescente era suspeito de tráfico de drogas. 

Um dos policiais percebeu que ela filmava a ação, quando a agressão ocorreu. Um segundo vídeo que circulou em todo Brasil mostra a jovem deitada e um policial com o joelho acima da barriga dela, enquanto os moradores pedem para o PM parar com a agressão porque a jovem estava grávida. 

"Embora a requerente tenha advertido o policial sobre sua condição de gestante, inclusive sem apresentar qualquer resistência ou reação violenta à conduta policial, o referido militar arremessou a autora violentamente contra o chão e, enquanto pressionava sua barriga com o joelho, desferia-lhe tapas e socos na face, causando-lhe lesões corporais de natureza leve”, diz trecho da inicial. 

Após o caso ganhar repercussão, o governador disse no dia 4 de fevereiro ter recomendado o afastamento do policial. 

"Recomendei o imediato afastamento do policial militar flagrado durante abordagem a uma mulher grávida em São José do Rio Preto. Apesar dela ter resistido a prisão por tráfico de drogas, existe protocolo a ser cumprido e as imagens indicam conduta totalmente inadequada do policial".

"É importante ressalvar que a prática delituosa contra a honra da requerente se desenvolveu mediante meio que facilitou sua divulgação. Isto é, o requerido vinculou informação prejudicial à da autora em sua conta pessoal da rede social ‘Twitter’, de modo a propagá-la publicamente, causando intensa repercussão negativa à honra objetiva da autora. Tais ofensas proferidas via internet repercutiram de maneira ainda mais intensa em seu ânimo psíquico e menoscabo espiritual, dada sua volumosa propagação em âmbito mundial”, cita o advogado da jovem. 

Isabela também entrou com ação por dano moral contra o Governo de São Paulo. Esta ação corre na 2ª Vara da Fazenda de Rio Preto.

Na manhã desta sexta-feira (3), o advogado de Doria enviou uma posição sobre o caso. De acordo com Fernando José da Costa, "o governador, em seu Twitter, desde o iniciou publicou uma mensagem informativa com o intento de mencionar o afastamento do policial militar envolvido na abordagem. Posteriormente, em outra publicação, apenas retificou sua publicação anterior para não haver dúvidas interpretativas quanto ao teor. Ressalte-se que as qualificações dos envolvidos sempre foram preservadas". 

Veja vídeo que ganhou repercussão nacional: 









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