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João Doria se disse surpreso com conteúdo de apostila da rede estadual de ensino
Foto por: Divulgação/ Governo do Estado de São Paulo
João Doria se disse surpreso com conteúdo de apostila da rede estadual de ensino

Doria manda recolher apostila de Ciências que trata de diversidade sexual

Por: Da Redação
03/09/2019 às 20:57
Brasil e Mundo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mandou recolher nesta terça-feira (3) apostilas oficiais de Ciências distribuídas a alunos da 8ª série do ensino fundamental porque o material pedagógico continha uma página sobre diversidade sexual intitulada "A diversidade de manifestações e expressões da identidade humana”. A decisão vem provocando polêmica.


Esta e outras apostilas servem de material de apoio escolar e são regularmente distribuídas pela própria Secretaria Estadual de Educação, dentro do programa "São Paulo faz Escola”. Segundo nota da secretaria, o conteúdo didático segue, entre outras fontes abalizadas, o manual do Ministério da Educação.

Apesar disso, a inclusão da diversidade de gênero em um dos cadernos foi considerada "um erro inaceitável”, segundo afirmou o governador em uma postagem no Twitter.

"Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero”, disse o governador tucano. 

"O conteúdo do texto criticado não faz apologia a qualquer ideologia ou gênero específico, limitando-se a explicar as diferenças conceituais entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual”, afirma a deputada estadual paulista professora Bebel (PT), presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). 

Já a nota da Secretaria de Educação do Estado afirma que o tema da identidade de gênero "está em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2017 pelo Ministério da Educação, e também com o Novo Currículo Paulista, aprovado em agosto de 2019”.

A Base Nacional Comum Curricular deixou no tema em aberto – cabendo a estados e municípios decidirem o que fazer, diz a representante da Apeoesp.  "Inaceitável é um LGBT ser morto a cada 20 horas no Brasil. Inaceitável é a desigualdade entre homens e mulheres persistir. Inaceitável é o feminicídio, que no país tem um taxa 74% superior à média mundial. Discutir a diversidade é preparar gerações para um futuro sem ódio”, afirmou Bebel. 

A decisão de Dória ocorre no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que prepara um projeto de lei "que proíba ideologia de gênero no ensino fundamental”.







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