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Prefeito Edinho Araújo (MDB) durante pronunciamento
Foto por: Reprodução
Prefeito Edinho Araújo (MDB) durante pronunciamento

No fogo cruzado, Edinho recebe apoio de Aloysio Nunes e crítica de representante da indústria

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
31/03/2020 às 20:27
Bastidores

Ex-senador tucano diz que prefeito está em consonância com vontade popular, já liderança do setor industrial diz que postura de emedebista é lastimável


De Aloysio para Edinho

O ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes (PSDB) saiu em defesa do prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), quanto às políticas de restrição a serviços não-essenciais adotadas para conter o avanço do coronavírus na cidade.

Tá certinho

Medidas que colocaram o emedebista entre a urgência sanitária e os ataques de empresários assombrado pelos efeitos colaterais na economia. "O Edinho acerta tanto no plano técnico como no plano político e humanitário”, diz Aloysio

O povo aprova

"Note o grau de aprovação das medidas de isolamento decretadas pelos prefeitos e governadores, em consonância com as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde. A sensibilidade dos rio-pretenses não deve estar muito diferente da que se verifica em todo o Brasil”, diz o tucano. 

Não subestima

O ex-senador diz ainda que não subestima a difícil situação das empresas e dos trabalhadores, que exige socorro urgente dos governos, especialmente do governo federal, que, segundo ele, dispõe do maior acervo de instrumentos para socorrer as empresas e as pessoas.

Só tirar do papel

"O importante é que as medidas corretas anunciadas pelo governo federal e aprovadas pelo Congresso, em matéria especialmente de crédito e transferência de renda, possam rapidamente sair do papel e entrar no mundo real”, completa Aloysio.

Pesquisa

A fala do ex-senador sobre o grau de aprovação às medidas pouco digeridas pelo setor produtivo se baseia em uma pesquisa realizada pelo Instituto Travessia Estratégia e Marketing a pedido do Valor Econômico, que ouviu mil pessoas no território nacional nos dias 20 e 21 de março.

Aprovam restrições

A maioria absoluta dos entrevistados – 84% –  disseram concordar com determinações impostas, como proibir aulas e aglomerações. Outros 12% discordaram e 4% não souberam avaliar.

Medo do vírus

Para 68% dos que responderam ao questionário, a epidemia de coronavírus é extremamente preocupante e eles temem a contaminação; 17% acham preocupante, mas apenas para os velhos. E 15% classificaram a repercussão como "histeria”.

Vai demorar

Sobre as consequências econômicas do coronavírus, 54% acreditam que os efeitos serão devastadores; 31% acreditam que a epidemia causará paralisação momentânea, mas com retomada assim que sanar; 4% acham que não terá efeito algum; 11% não souberam responder.  

Reagiu

 Vale lembrar que depois da data das entrevistas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contrariou sua própria equipe técnica e saiu em cruzada contra a quarentena, provocando carreatas em protesto Brasil afora no último final de semana.

Mais críticas

Se Edinho tem apoio de um lado, as críticas prosperam também entre representantes do setor produtivo. Depois de a Acirp se rebelar, foi a vez de Luiz Fernando Lucas, diretor do Ciesp Noroeste Paulista, emitir posição desfavorável ao emedebista.

É lastimável

"É lastimável a atitude do prefeito de Rio Preto em simplesmente ignorar ou virar as costas para entidades representativas de classe que historicamente colaboram para o desenvolvimento da cidade. É incoerente ele cancelar uma reunião com essas principais associações em um momento tão crítico e, ao mesmo tempo, confirmar a participação em uma live capitaneada por grupo ligado ao governador do Estado de São Paulo”, diz Lucas.

Ironizou

Ainda segundo o diretor do Ciesp, o prefeito "parece parece não estar muito preocupado com a contribuição das entidades representativas no intuito de formar estratégias para defender a economia, as empresas e os empregos".

Disputa

O fato é que o prefeito, sempre habilidoso na arte de aparar arestas, parece ter provocado uma crise de ciúmes entre as entidades que representam o empresariado da cidade.

Com o lide

Um dia depois de cancelar reunião com a direção da Acirp, ele participou de uma live com o tema "Como reconciliar a economia com a Covid-19. Além de Edinho estiveram presentes o presidente da Unimed Rio Preto, Helencar Ignácio, o secretário municipal de Saúde, Aldenis Borin, e o empresário Fábio Freitas, da Agrometal.

Pupo perdoa 

O vereador Renato Pupo, pré-candidato a prefeito pelo PSDB, não vê como um "pecado” imperdoável o vídeo em que o presidente do PSL de Rio Preto, Marco Casale, se apresenta como candidato à disputa pelo Executivo também. Isso menos de duas semanas depois de ele selar um compromisso de aliança com os tucanos na disputa de outubro.

Terminou por vídeo

O vídeo de Casale se dizendo candidato a prefeito foi enviado a aspirantes a vereador pelo PSL nesta segunda-feira (30). No último dia 18 de março, ele e Pupo divulgaram imagens da reunião na qual firmaram a parceria.

Com testemunha

"Eu e o Casale já tínhamos conversado na presença do Beto Perosa e de um assessor dele (Casale) e estava tudo certo. E, para mim, está tudo certo ainda. Da mesma forma que valorizo minha palavra, valorizo a palavra das pessoas”, diz Pupo. 

Está apalavrado

Ainda segundo o futuro candidato tucano, enquanto Casale não o procurar para dizer o contrário, está valendo aquilo que foi feito na reunião. "Já está apalavrado e eu confio muito nele.”

Na paróquia

É grande a expectativa no meio da política paroquiana em relação ao destino do polêmico vereador Jean Dornelas, que se elegeu pelo antigo PRB (Republicanos), migrou para o PSL e agora espera uma vaga numa das legendas que estão sob o guarda-chuva do prefeito Edinho Araújo (MDB).

Entre duas legendas

Dornelas disse que a decisão será tomada na sexta-feira, dia 3, véspera do prazo-limite para filiações, no dia 4. Ele afirmou também que suas opções se afunilaram para duas legendas: MDB de Edinho ou o PSD do vice-prefeito Eleuses Paiva.

Briga de cachorro grande

A espera até sexta tem uma razão de ser. No MDB, a vereador Cláudia De Giuli resiste diante da entrada na chapa de mais um nome com cargo. Além dela, a legenda já abriga dois pesos-pesados: Jean Charles e Celso Peixão. No PSD, a resistência parte de Jorge Menezes. O partido, que vai perder Renato Pupo para o PSDB, ganhou ainda outra detentora de mandato, a sindicalista Márcia Caldas.

Irreversível

O divórcio entre o ex-deputado estadual João Paulo Rillo (Psol) e o PT, anunciado pela saída de Marco Rillo das fileiras petistas, parece mesmo irreversível. Uma decisão da direção estadual do PT diz que o partido terá de priorizar candidatura própria em cidades com mais de 200 mil eleitores e com televisão.

Sacrifício

Se a regra for levada ao pé da letra, muito provavelmente um dos três ex-vereadores petistas – Celi Regina, Márcio Ladeia e Eni Fernandes – terão de se apresentar para o "sacrifício”. Todos estão de olho na disputa pela Câmara.

Deixou o comando

O delegado André Luiz Previato Kodjaoglanian não ocupa mais o posto de chefe da Polícia Federal de Rio Preto. Há 19 anos na PF, desde 2000, ele foi dispensado da função de comando nesta terça-feira (31) por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União. A PF não comunicou quem irá chefiar a unidade de Rio Preto a partir de agora. O delegado foi procurado pela coluna, mas não se manifestou sobre o assunto ainda. 

Fechadas

O Ministério da Educação fechou o curso de medicina da Universidade Brasil. A ordem consta no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (31) e ainda determina que os alunos que estão atualmente cursando a faculdade deverão ser transferidos para outra instituição de ensino. Caso a transferência não seja possível, a Universidade Brasil deverá ministrar o curso até o fim, sem poder admitir novos alunos.

Fraude

A Universidade Brasil é alvo do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. É acusada de fraudes no Fies, no Prouni e no exame Revalida, além de supostamente vender de vagas do curso de medicina a filhos de empresários, políticos e fazendeiros. O dono da Universidade Brasil, José Fernando Pinto da Costa, chegou a ser preso, mas já foi liberado. O valor das fraudes teria passado de R$ 500 milhões, segundo o MPF.








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