O número de mortes pelo novo coronavírus subiu de 46 para 57 nesta quarta-feira (25), segundo o Ministério da Saúde.
Entre as mortes, 48 ocorreram em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, uma no Rio Grande do Sul, uma no Pernambuco e uma no Amazonas. Foram os primeiros registros das regiões Norte, Nordeste e Sul.
Ao comentar os números, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que os dados estão dentro do esperado para o mês. "Vamos trabalhar nesse final de semana para saber quais as projeções para o próximo".
Segundo ele, a taxa de letalidade deve diminuir com o aumento da testagem de casos.
"Quando fizermos os testes rápidos, esse número de confirmados vai aumentar muito, e o número de mortes sempre vai aumentar muito. A taxa letalidade vai ser menor do que 2,4%. Isso vai ser mais um elemento para que a população possa entender a dinâmica dessa virose."
O país já soma ao menos 2.433 casos confirmados do novo coronavírus. Até terça, eram 2.201 registrados.
Entre os registros, o maior volume é registrado em São Paulo, com 862 casos, seguido do Rio de Janeiro, com 370. Os casos, porém, já ocorrem em todas as regiões do país.
O ministério não informa o total de casos em investigação por considerar que o país inteiro já registra transmissão comunitária ou sustentada, situação que ocorre quando não é possível identificar a origem da infecção.
Desde a última semana, a pasta orienta que qualquer pessoa com sintomas de gripe tenha o quadro avaliado como possível infecção por coronavírus.
Exames, porém, são restritos apenas a pacientes com quadros graves, o que inviabiliza a confirmação de mais casos. A orientação nestes casos é que as pessoas permaneçam em isolamento domiciliar e, se necessário, procurem atendimento em unidades de saúde.
Em pronunciamento na noite desta terça-feira (24), Bolsonaro criticou o fechamento de escolas e do comércio, contrariou orientações dos órgãos de saúde e atacou governadores.