Mais uma reviravolta no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tira do cargo o prefeito Afonso Macchione (PSB).
Cassado pela Câmara de vereadores em maio por supostas irregularidades no transporte público, Machione voltou ao cargo no dia 17 de dezembro de 2019 graças a uma liminar obtida junto ao TJ-SP.
O mesmo tribunal acatou na manhã desta terça-feira (10) recurso da Câmara e derrubou a liminar que mantinha Macchione no cargo, segundo o advogado do Legislativo Márcio Thomazini. Com a saída dele, deve reassumir a vice Marta do Espírito Santo.
Existe na cidade fortes especulações de que ela não queira retomar o posto e renuncie. A expectativa se volta, então, para o presidente da Câmara de Catanduva, o vereador Luis Pereira, que passaria a ter a prerrogativa.
Cassação em 2019
Macchione foi cassado em maio 2019 após uma verdadeira novela no transporte público.
Em 2018 a Câmara Municipal de Catanduva rejeitou uma tentativa de renovação do contrato de concessão do transporte público municipal e também rejeitou o lançamento de uma nova licitação.
Como forma de tentar amenizar o problema, a Prefeitura passou a utilizar ônibus escolares durante o recesso da educação para o transporte de passageiros.
Um contrato emergencial chegou a ser feito, mas rompido em sequência, já que não houve cumprimento do contrato por parte da empresa. Outro contrato emergencial esteve em vigor de julho de 2019 e até janeiro deste ano.
Macchione também foi cassado pela compra fracionada de equipamentos para os carnavais de 2010, 2011 e 2012. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) o absolveu.