O pequeno réptil foi revelado pelo estudo de um pedaço de crânio fossilizado (ultrapassado) com cerca de dois centímetros, encontrado em 2014 em Ibirá, na região de Rio Preto. Paleontólogos brasileiros, com apoio de uma colega suíça, utilizaram tecnologias como a tomografia computadorizada e impressão em 3D para reconstruir as estruturas da anatomia do réptil e chegar à definição de que se trata de uma nova espécie.
O estudo, que lança luzes sobre o período cretáceo no Brasil, foi publicado nesta quarta-feira, 12, na revista científica Papers and Palaeontology, da associação internacional de paleontólogos, com sede no Reino Unido. A espécie foi batizada de Amabilis uchoensis conta o paleontólogo Fabiano Iori, que encontrou o fóssil.
"Era uma tartaruga pequena que tinha que dar seus pulos para sobreviver nos rios cretáceos entre crocodilos e dinossauros. O termo amabilis, que significa adorável em latim, é uma referência ao pequeno tamanho do animal. Já uchoensis é uma homenagem ao município de Uchoa por sua relevância na paleontologia regional", contou Lori.