A Universidade Brasil informou nesta segunda-feira (23) que vai acionar a Corregedoria e o Conselho Nacional do Ministério Público Federal (MPF) para investigar suposta prática de abuso de autoridade do MPF.
Nota divulgada no site o
Ministério Público Federal, na última sexta-feira (20), acusou a Universidade Brasil de utilizar documentos falsos para obter
liminar junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que garantiu o
número de vagas do curso de Medicina de Fernandópolis.
Por meio da assessoria de
imprensa, a instituição disse que a informação é caluniosa e que
repudia o comunicado. A Universidade disse ainda que os documentos levados aos
autos são verídicos. "O próprio MPF, no julgamento do TRF-1, tentou imputar falsidade aos
documentos, o que foi rechaçado pelos desembargadores”, afirmou.
A instituição disse que as recentes decisões judiciais se alinham à posição defendida
pela unidade sobre o número de vagas ofertados no curso de Medicina em
Fernandópolis.
"Em decisão colegiada, de forma
unânime, no dia 16/12/2019, a sexta turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região em Brasília decidiu por reconhecer a legalidade do quantitativo de
alunos regularmente matriculados no curso de Medicina da Universidade Brasil,
e, no dia 19/12/2019, a 17ª Vara Federal de Brasília, por meio de liminar,
anulou os efeitos da portaria 540/2019 do MEC, que reduzia, de forma
arbitrária, o número de vagas anuais autorizadas para o curso de medicina desde
2017”.
A instituição também afirmou que
vai mover ação indenizatória contra o Estado. "Os recursos provenientes da
demanda serão aplicados na viabilização de um hospital universitário na região
de Fernandópolis”, disse a Universidade Brasil, por meio da assessoria.
Investigações
A instituição é alvo de investigações e ações da Procuradoria da República em Jales (SP) por irregularidades na criação e no preenchimento de vagas no curso de Medicina em Fernandópolis (SP). Segundo denúncias de alunos, vagas para o curso eram negociadas por R$ 120 mil. A atuação de um ex-diretor do MEC no esquema é investigada. Os donos da universidade foram presos em setembro pela Polícia Federal. Eles já foram libertados.