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Secretária de Esportes, Cléa Bernardelli
Foto por: Divulgação
Secretária de Esportes, Cléa Bernardelli

Adulteração no Portal da Transparência coloca secretária na corda bamba

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
10/12/2019 às 10:53
Bastidores

Inquérito na Polícia Civil investiga a inserção de informações falsas pela Secretaria de Esportes


Mais encrenca 
A Secretaria de Esportes voltou a provocar abalos, e dos grandes, dentro do governo Edinho Araújo (MDB). A titular da pasta, Cléa Bernardelli, virou alvo de inquérito policial para apurar quem foi o responsável por modificar vencimentos e cargos de servidores que trabalham na secretaria no Portal da Transparência. Caso as irregularidades se confirmem, a medida pode render uma condenação por improbidade administrativa. O clima entre os assessores mais chegado ao prefeito é de muita tensão. 

Só digitação
A adulteração foi descoberta por Zé da Academia (DEM), que presidiu uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para fazer estudos sobre melhorias na área de esportes. Três funcionários - Celia Trídico, Claudio Roberto e Onivaldo Fusco - tiveram suas atribuições adulteradas após questionamento do parlamentar. Celia, que constava como coordenadora de atletismo, passou a ser identificada como professora de ginástica. Claudio Roberto, que era coordenador do Jori (Jogos Regionais do Idoso), apareceu como professor de vôlei adaptado. Já Fusco, que seria professor de aulas de vôlei adaptado e futsal, "virou" aluno de vôlei e foi mantido como responsável apenas pelo futebol de salão. A secretária disse à CEV que as alterações foram feitas no Portal porque havia "erro de digitação".

A culpa é de quem?
Ocorre que qualquer supressão de informações no Portal da Transparência, como foi o caso, só pode ocorrer por ordem judicial ou por determinação do Tribunal de Contas. O xis da questão é saber se alguém – e quem – ajudou na "maquiagem” dos números. Caso tenha havido ajuda externa, a irregularidade pode tomar contornos ainda maiores e respingar no gabinete do prefeito. A menos de um ano da disputa eleitoral, uma eventual investigação mais profunda ou a ida do caso para a Justiça pode criar arranhões.

Círculo
A pasta parece ser um ímã de problemas. Primeiro com o auxílio atleta, que gerou investigações do Ministério Público e terminou com dois processos abertos contra o ex-secretário (e hoje vereador) Francisco Júnior (DEM), que comandou a Secretaria de Esportes no governo anterior. Em um deles, o democrata foi condenado a pagamento de multa por ter tentado acobertar irregularidades envolvendo o então técnico da equipe de vôlei da Prefeitura, Paulo César da Silva. Esse processo foi extinto nesta segunda-feira (9) com o fim do pagamento da multa de R$ 3,4 mil. 

Confira a coluna Bastidores na íntegra aqui.







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