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Luís Roberto Thiesi, secretário de Administração da Prefeitura de Rio Preto
Foto por: Divulgação
Luís Roberto Thiesi, secretário de Administração da Prefeitura de Rio Preto

Prefeitura suspende desconto de mensalidade em folha e provoca ira de sindicato

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel
29/11/2019 às 20:42
Bastidores

Decisão da Secretaria de Administração afeta sindicatos, associações de classe e bancos que oferecem crédito consignado


Manda boleto 
A Secretaria de Administração de Rio Preto emitiu ofícios comunicando os dois sindicatos de servidores do município, associações profissionais e bancos de que, a partir de janeiro, não vai mais descontar diretamente na folha de pagamento mensalidades de filiados a entidades representativas ou parcelas de financiamentos consignados junto a instituições financeiras.  

Vai quebrar
O primeiro a gritar publicamente foi o Sindicato dos Servidores Municipais, que, por sua vez, divulgou documento em que acusa o prefeito Edinho Araújo (MDB) de querer "quebrar” a representação sindical da categoria. 

Na canela 
Num intervalo de duas semanas, o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), tomou duas decisões que atingem em cheio a espinha dorsal da entidade, com diretoria majoritariamente composta por lideranças de partidos de esquerda, como PT e Psol. 

Sem dispensa 
A primeira medida foi na forma de lei aprovada na Câmara, em que o a Prefeitura alterou norma sobre afastamento de servidores que atuam em sindicatos. Pela legislação anterior, até quatro integrantes da diretoria podiam se afastar para a atividade sindical. A nova regra libera somente presidente da entidade de suas funções de origem no serviço público, de forma que possa atuar apenas na militância sindical.  

Justificativa 1
São quatro as principais justificativas apresentadas pela Secretaria de Administração para a decisão. A primeira é de que os vários pedidos das associações e sindicatos em vincular os descontos de suas mensalidades em folha de pagamento, e suas diversas especificidades, demandam alterações e manutenções no sistema de consignação para atendimento das necessidades particulares de cada entidade ou banco. 

Justificativa 2
Outro argumento, é de que, para atender as solicitações são necessários tempo e recursos humanos, acarretando custos não programados ao erário. A terceira justificativa da pasta é de que a tarefa não constitui sua atividade-fim. E, finalmente, o vencimento no dia 13 de dezembro do contrato com a empresa Consignum, que oferece um sistema para o desconto em folha. "Eu não vou renovar com essa empresa. Eu fazia uma licitação para ter um sistema para beneficiar associações, sindicatos e bancos. Tenho que operacionalizar algo que não beneficia a Secretaria e ainda fico vulnerável a questionamentos”, afirma o secretário de Administração, Luís Roberto Thiesi. 
 
Quer intimidar 
Em sua grita, o Sindicato dos Servidores afirma que "a iniciativa reduz a zero a receita da representação sindical e vai acabar com a estrutura de atendimento jurídico.” Ainda segundo a entidade, o objetivo da administração é intimidar e impedir as previsíveis reações contra o pacote de "reforma” da previdência municipal que já estaria pronto para ser enviado à Câmara de Vereadores. "Está na agenda de fim de ano do prefeito o aumento da contribuição previdenciária do servidor ativo, aposentado e dos pensionistas, que passará para 14% (hoje é 11%). Em seguida, pretendem aumentar o tempo de contribuição e a idade mínima para a aposentadoria”, conclui texto do Sindicato. 

Rebateu 
Thiesi rebate, com alguma ironia, o discurso de que a medida vai "quebrar a representação sindical”.  "Estranho um sindicato não confiar que seu filiado vai pegar o boleto e pagar. A entidade teria de confiar no associado dela”. Ainda segundo Thiesi, a mudança de alíquota de contribuição "ainda” não está no radar do prefeito. 

Paga, não paga 
O fato é que as instituições sabem que a inadimplência com desconto em folha, que é zero, tente a crescer, e muito, uma vez que o servidor passa a prestar atenção naquela "conta” que ele pagava todo mês sem perceber. 

Partec 1 
A Prefeitura de Rio Preto anunciou nesta sexta (29) as 22 empresas selecionadas para ocupar espaços no Parque Tecnológico. Estas vão se juntar a outras 21 que já estão instaladas no local e oferecem, hoje, 162 empregos diretos. A expectativa da Secretaria de Planejamento é de que outros 150 postos de trabalho sejam criados quando as "novatas” estiverem funcionando. 

Reserva 
O Partec se divide em dois: a incubadora de base mista, batizada como Rui Dezani, e a base de aderência estritamente tecnológica, que leva o nome Vanda Karina Simei Bolçone. Segundo Israel Cestari, secretário de Planejamento, não há previsão de novos editais, uma vez que precisa haver uma "reserva” para atender as empresas conforme estas vão mudando de patamar. O prazo para permanência no local é de 5 anos. 

Perfil ampliado 
Com as novas convocadas, o Parque Tecnológico começa a ampliar o perfil ali instalado, que teve início basicamente com o pessoal "incubado”, propriamente dito. O anúncio desta sexta englobou quatro tipos de editais: o edital 1 abriu espaço para economias de base mista; o edital 2 voltou-se para a pré-incubação; o edital 3 destinou-se a empresas já em formação adiantada; e o edital 4 focou empresas já consolidadas e com produto no mercado. 

Simbiose 
"Agora, vamos ter uma simbiose entre os diferentes níveis de cada um”, explica Cestari. Como cada empresa terá de fazer seu próprio projeto de instalação, e vencer as etapas burocráticas, a instalação de fato deverá ocorrer no começo do ano que vem. Mas as "chaves” serão entregues durante solenidade ainda na primeira quinzena de dezembro. 

Novo modelo 1 
A Latam, que tem em Rio Preto uma de suas 99 franquias de viagens (Latam Travel) espalhadas pelo Brasil, decidiu assumir um novo modelo de negócios no País. Agora, a empresa focará as suas atividades nos canais de vendas, site e call center, segundo informação da assessoria de imprensa da empresa ao DLNews. 

Novo modelo 2
Ainda segundo o comunicado, nos próximos dias, como parte deste processo, os franqueados da LATAM Travel no Brasil "terão a possibilidade de se associar a um novo parceiro, a Agaxtur – uma das maiores operadoras de turismo do País, com  60 anos de atuação no setor.

Pegar ou largar 
O franqueado que decidir associar-se à Agaxtur terá de firmar um contrato diretamente com a operadora para integrar a sua rede. Já aqueles que decidirem não realizar a associação com a Agaxtur continuarão trabalhando como LATAM Travel apenas enquanto durar a vigência e as regras dos contratos em vigor, sem renovação posterior. 

Não falou 
A reportagem do DLNews procurou a gerência da unidade da Latam Travel que funciona no Shopping Iguatemi, em Rio Preto, para falar da decisão, mas não obteve retorno. 

Quietinhos 
A tropa bolsonarista em Rio Preto anda surpreendentemente quieta. Segue ordens expressas do andar de cima de que, até segunda ordem, ninguém se mexe no sentido de buscar assinaturas para a criação da Aliança Pelo Brasil, nova legenda que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seguidores estão gestando. Um grupo chegou a ser formado para o trabalho, mas a coleta depende de uma decisão crucial do TSE, que pode legitimar a assinatura eletrônica. 

Vai ser difícil 
A assinatura eletrônica, segundo o médico Paulo Bassan, é a única possibilidade de o partido se viabilizar para disputar as eleições municipais do ano que vem, já que são necessárias quase 500 mil em nove Estados. "Ainda não tive orientação, estamos na espera, mas eu acho que o partido não sai em menos de um ano, como disse o presidente Bolsonaro”, afirmou. 

Latifúndio 
Já no PSL, o empresário Marco Casale diz que recebeu do deputado federal Júnior Bozzella, em pessoa, autorização para construir bases em 140 municípios da região. Bozzella é o novo vice-presidente da legenda e cotado para assumir o diretório estadual. 

Será?
Mas, apesar da força demonstrada, Bozzella terá de negociar com outros dois integrantes do partido que não seguiram Bolsonaro: o deputado federal Coronel Tadeu e o senador Major Olímpio. Ambos também estão de olho na geografia partidária do Interior e vão colocar preço para uma convivência minimamente civilizada dentro da legenda, que mal saiu de uma guerra entre bivaristas e bolsonaristas. 

Recepção retrô
Com a inauguração do novo terminal urbano de Rio Preto, caberá à antiga Rodoviária, construída nos anos 1970, dar a primeira impressão a quem chega de ônibus na cidade. O local será destinado exclusivamente ao desembarque e embarque de passageiros vindos de cidades da região e viagens de longa distância.

Mãos à obra
Mas, para dar aquele "up", Edinho anunciou uma obra de R$ 4,5 milhões no prédio, que abriga lanchonetes, estandes das empresas de transporte e também o Shopping Azul, centro de comércio popular. Além disso, o local deve ter o entorno revitalizado com a reforma da antiga estação ferroviária, para onde será levada a sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo.

Oi, sumidos
A inauguração do novo terminal serviu para a reaparição de duas figuras da política de Rio Preto que andavam sumidas: os ex-vereadores Alessandra Trigo (DEM) e Daniel Caldeira (sem partido). A ex-tucana foi mais discreta ao apenas seguir o fluxo de assessores e secretários que conheciam o novo prédio. Já Caldeira, todo trabalhado numa exótica camisa de estampa floral descombinando com seu indefectível sapato branco, acompanhava o prefeito pari passu, no melhor estilo papagaio de pirata. 







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