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Dom Tomé
Foto por: Reprodução Bispado
Dom Tomé

Grupo de católicos organiza protesto de rua contra dom Tomé, bispo de Rio Preto

Por: Maria Elena Covre, Fabricio Carareto, Lucas Israel
21/11/2019 às 19:37
Bastidores

Organizador, ligado a movimento carismático e ao MCB, diz que vai mobilizar fiéis até líder da Igreja Católica renunciar


Sem carisma
Um grupo de católicos enfronhados nas engrenagens da igreja em Rio Preto decidiu apostar no "case” Dilma Rousseff (PT), derrubada da Presidência da República em 2015 por gigantescas ondas de protestos que tomaram as ruas do País, como estratégia para tentar defenestrar o bispo Dom Tomé Ferreira da Silva. Coincidência ou não, entre os "cabeças” do levante contra o líder máximo da Igreja Católica por aqui estão integrantes do grupo de direita MCB e fiéis que militam em movimentos ligados à Renovação Carismática, majoritariamente conservadores. 

Inspira-me, MCB 1
"A mobilização contra o bispo não é uma ação do MCB, mas eu faço parte do movimento e aprendi como colocar o povo na rua quando a situação se torna insustentável”, afirma o empresário do setor de franquias Nélio de Castro Gomes, leigo com forte atuação em atividades da Igreja Católica de Rio Preto. Nélio é um dos responsáveis pelos acampamentos que reúnem milhares de fiéis carismáticos em chácaras e fazendas da região. "Estamos nos organizando e vamos começar a colocar, nas próximas semanas, 2 mil pessoas para protestar em frente ao bispado até que ele (o bispo) renuncie”, completa o empresário. 

Oposição sistemática 
Desde que assumiu o bispado de Rio Preto em novembro de 2012, dom Tomé Ferreira convive com uma oposição sistemática, ainda que muitas vezes subterrânea, por parte de padres, grupos de leigos da igreja e até de setores externo que não comungam com a gestão dele à frente da instituição na região.  

Sem missa, sem perdão 
Mas a artilharia movida pela insatisfação se intensificou nos últimos dois meses. Parte grande dos católicos, especialmente os carismáticos, não aceita o fim imposto pelo bispo das missas de cura e libertação, assunto que chegou à Câmara de Rio Preto. As celebrações chegavam a reunir mais de duas mil pessoas em paróquias como a Menino Jesus de Praga (bairro São Manoel), Santa Edwiges (Vila Toninho), Santa Luzia (Jardim Soraya) e Santa Cruz (Santa Cruz). 

Medida preventiva 
"Logo depois que o bispo proibiu essas missas e anunciou a transferência de alguns padres que as celebravam, ele também proibiu o gesto de imposição das mãos no momento de fazer oração por alguém (outro gesto muito comum nas celebrações carismáticas). E já percebemos que, o próximo passo é partir contra os acampamentos”, diz Nélio. Ele diz que os padres se recolheram e não se manifestam mais porque temem retaliações. "Por isso, os fiéis decidiram se juntar e agir”, afirmou. 

Calado
A coluna procurou o bispo dom Tomé, que inclusive é articulista do portal DLNews, para que pudesse falar sobre a nova investida contra ele, que não respondeu. 

Jogado às traças 1
"Jogado às traças”. É assim que filiados do PSB do ex-prefeito Valdomiro Lopes respondem quando questionados sobre o partido em Rio Preto. Desde que os resultados das urnas se tornaram conhecidos em outubro de 2018, a legenda caiu no ostracismo total. Enquanto líderes de outras siglas correm de um lado para outro à caça de nomes promissores para uma chapa de vereadores competitiva no ano que vem, num cenário incerto diante da proibição de coligações, o PSB parece em coma. 

Jogado às traças 2
Se alguma coisa acontece em segredo, não inclui grupos alheios ao microcosmo de Valdomiro. O ex-deputado estadual Orlando Bolçone, que no momento está visitando a filha e netos nos Estados Unidos, segue com escritório político em Rio Preto. Mas ali, só lideranças do PSB da região o procuram. Quanto a Rio Preto, seu grupo diz que não tem nenhuma informação. Até porque, este sempre foi o trato entre o ex-prefeito e o ex-deputado. O primeiro tem total domínio da legenda em Rio Preto, cuja executiva é composta por gente de sua restrita confiança. Já o  segundo trabalhou a organização partidária na região. 

Esqueceram de mim 
Os vereadores Celso Peixão e José Carlos Marinho, ambos do PSB ainda por força da lei da fidelidade partidária, também seguem às margens da vida partidária e há bem mais tempo. "Nunca fui comunicado sobre uma única reunião. Ninguém fala nada. Ninguém fala em montar chapa. Desde 2016 não recebo uma única ligação”, diz Peixão. O afastamento dos dois se acentuou quando a dupla, nas eleições passadas, fechou apoio a nomes fora da legenda. 

Mas se rolar...
Ainda assim, Peixão não dá como encerrada sua atuação nas fileiras do partido de Valdomiro no ano que vem. "Eu estou no PSB há 12 anos. Tive vários convites, mas não tem nada definido para eu sair. Ficaria no PSB se tivesse algum diálogo”, afirma. Valdomiro Lopes segue na "toca”, instigando a concorrência sobre seus projetos. A quietude aparente do partido, para muitos, não passa de estratégia. "Ele não é do tipo que dorme no ponto”, afirmou um ex-valdomirista hoje convertido ao araujismo. 

Marcou presença 1   
O médico Paulo Bassan, ex-presidente do PSL de Rio Preto, e a ex-vice, Márcia Cristina Martinez, já devidamente desfiliados, partiram para Brasília nesta quinta (21), quando ocorreu o lançamento oficial da Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente Jair Bolsonaro está colocando de pé para dar abrigo a ele, sua família e seus fiéis seguidores. 

Marcou presença 2 
Bassan, que se viu enredado por aqui nas disputas internas travadas no andar de cima do PSL, tenta, agora, conseguir interlocução direta com quem manda na nova legenda, que já nasce como alvo de cobiça de diferentes grupos. Ele ficou animado com o que viu. "Tinha muita gente, foi tudo muito bem. O estatuto pronto e o grupo de trabalho nacional definido”, afirmou. O médico não sabe dizer, no entanto, se todo o entusiasmo visto lá será suficiente para que o partido esteja habilitado até abril, prazo máximo para conseguir disputar as eleições de outubro do ano que vem. 

De camarote 
E quem vai marcar presença em alto estilo na final da Libertadores da América no sábado (23) entre Flamengo e River Plate, às 17h no estádio Monumental U em Lima (Peru), é o empresário  Wagner Zacharias, diretor comercial da Kodilar. Ele é convidado especial para integrar a comitiva do time carioca, que tem na camisa a marca da empresa rio-pretense. 

Todas as camisas 
Desde 2017, a Kodilar aposta alto no time com maior torcida do Brasil, no qual começou injetando R$ 1 milhão por ano. A aposta dos irmão Wagner e Wellington José Zacharias no futebol, no entanto, é antiga. A empresa começou com o Mirassol Futebol Clube em 2006. O Olímpia ganhou patrocínio em 2012. Depois vieram o Atlético Penapolense (2013), o Rio Preto (2013), o Grêmio Novorizontino (2014), o Sertãozinho (2014), o Batatais (2016), o Uberlândia (2016), o Grêmio Catanduvense (2016), o América (2016) e a Ponte Preta (2017). 

Contra o machismo 1
Com o mote "machismo mata”, representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, sindicatos e movimentos feministas de Rio Preto estão convocando uma ato público contra o feminicídio para o próximo sábado, dia 23. Os manifestantes vão se concentrar na Praça Rui Barbosa, em frente ao Praça Shopping, a partir das 9h. 

Contra o machismo 2
Dados de órgãos de segurança pública do Brasil e do DataSus revelam que o Brasil registra um caso de agressão a mulher a cada quatro minutos. Nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento, 22 milhões sofreram algum tipo de assédio e 42% dos atos violentos ocorreram no ambiente doméstico. E o mais dramático: a cada duas horas, uma mulher é assassinada no País, vítima de violência doméstica.







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