Campanha Sinal Vermelho já começa a ser instalada em Rio Preto; no Brasil, foram distribuídos 250 mil cartazes
A campanha permanente Sinal Vermelho, que é uma
ferramenta de combate à violência contra a mulher, ganhou nesta quinta-feira
(5/5) uma ação de peso em Rio Preto: a Secretaria da Mulher, Pessoa com
Deficiência e Igualdade Racial começou a afixar cartazes sobre a iniciativa em
estabelecimentos comerciais da cidade. O primeiro local a receber o cartaz foi
uma farmácia no Centro da cidade.
Antes do início da distribuição do material
gráfico, foi realizada uma cerimônia na Secretaria da Mulher, com a presença da
titular da pasta Maria Cristina de Godoi Augusto; do juiz da Vara de Violência
Doméstica e Familiar Contra a Mulher Alceu Corrêa Junior; do presidente da
Câmara Pedro Roberto; da vereadora Karina Caroline; integrantes do Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM); representantes da Polícia Militar e da
Guarda Civil Municipal, que passou a contar há dois anos com a divisão Patrulha
Maria da Penha.
"A mulher que está em risco, em situação de
violência doméstica, precisa procurar ajuda. A campanha oferece uma forma
discreta de conseguir essa ajuda”, diz Maria Cristina. A Campanha Sinal
Vermelho proporciona a chance de denunciar silenciosamente a violência por meio
de um sinal em formato de X, escrito preferencialmente na mão e na cor
vermelha, apresentado a atendentes de estabelecimentos comerciais. Quem recebe
a denúncia deve providenciar assistência à vítima, de maneira discreta.
Oficializada pela lei nacional 14.188, a campanha é
permanente em todo o país. "A mulher que sofre violência doméstica geralmente
vive num círculo delimitado de pessoas e não tem a quem recorrer; então no
momento em que ela vai a um estabelecimento, ela tem a oportunidade de pedir
socorro. É uma forma inteligente de dar oportunidade a essa mulher, sem causar
mais atos de violência," disse o juiz Alceu.
Na última semana, comerciantes receberam
orientações da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher sobre
como proceder e atender a mulher que faz a denúncia.
"Estamos fortalecendo em Rio Preto essa campanha fundamental
que já existe nacionalmente e que mostra à mulher em situação de violência que
há um caminho, há uma saída desse ciclo. É importantíssimo reforçar que existe
essa possibilidade”, afirma a presidente do CMCM, Maria Aparecida Cury, do
Coletivo Mulheres na Política.
Maria Cristina reforça que a secretaria oferece
também outras ferramentas à mulher em situação de risco. "Temos o CRAM, o
Centro de Referência e Atendimento à Mulher, espaço de acolhida e escuta com
assistência psicológica, social e jurídica, para que ela possa sair desse ciclo
de violência”, diz. O CRAM está disponível presencialmente na sede da
secretaria, na Rua Bernardino de Campos, 4075 ou pelo telefone (17) 3222-2041.
A Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a
Mulher de Rio Preto, presidida pelo juiz Alceu, foi instalada em 2021 e iniciou
suas atividades com mais de 5,5 mil processos. Em fevereiro deste ano, a
secretária Cristina se reuniu na Acirp com o presidente Kelvin Kaiser, o juiz
Alceu e a coordenadora do CRAM Cléa Lima para traçar ações conjuntas com o
comércio da cidade para medidas de proteção e acolhimento da mulher
que sofre violência doméstica. O CRAM é um importante departamento da Secretaria
da Mulher que conta com a Casa-Abrigo que acolhe, protege, orienta e ajuda a
mulher agredida e até seus filhos pequenos, se for o caso.