Hospital da Região Norte que poderia amenizar a situação está sendo equipado pelo Estado, mas burocracia atrasa a utilização. O assessor especial da saúde André Baitello falou ao DLNews sobre demandas da saúde de Rio Preto
"Uma demanda reprimida”, com o agravamento de doenças do coração,
rins e diabetes em parte da população, postergadas durante a pandemia de covid. Assim a Secretaria de Saúde de Rio Preto
tenta explicar o aumento dos casos que necessitam de internação na rede pública
da cidade e não encontram leitos.
André Baitello que é assessor da secretaria de saúde, diz que nos
últimos tempos realmente aumentou a necessidade de hospitalização. O médico informou que
por semana a média gira entre 60 a 80 pacientes que ficam nas Upas, onde são tratados de doenças
consideradas "não graves”. Baitello disse que os casos considerados graves como
infartos, avc, traumas que necessitam de cirurgias estão conseguindo internação
nos hospitais de Rio Preto, a questão são os mais leves que lotam as UPAs.
Segundo o médico, a situação foi se complicando a partir do
momento que o estado começou a controlar o acesso às internações no Hospital de
Base através da CROSS – Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde.
"Se um cidadão quebra um braço ou uma perna precisa passar pelo sistema, isso cria
problemas”, disse o assessor. Baitello acredita que em pouco tempo, a situação
volta à normalidade.
Quanto ao anúncio da suspensão temporária das cirurgias eletivas a
partir de segunda-feira, dia 25, André Baitello revelou que algumas das
eletivas serão transferidas para o AME, com o governo do estado. "Cirurgias que
não são urgentes podem esperar mais um pouco, temos que garantir vagas para os
casos com risco grave ao paciente”.
Hospital da Região Norte
Quanto ao hospital da região norte que receberá o nome do Dr.
Domingos Marcolino Braile, e já está com a estrutura pronta, a secretaria de
saúde informou que o Estado está equipando o local. Quando a coisa é feita pelo
Estado existe a demorada normal que deve ser seguida, segundo Baitello, a licitação sobre todo o equipamento é feita, e
eventualmente acontecem impugnações, o que atrasa o processo, mas acredita que brevemente o local estará apto a
atender a população, que só naquela região atinge cerca de 150 mil pessoas.
Para se ter uma ideia, isto corresponde à população igual a de Catanduva, onde
existem três hospitais do mesmo porte. Baitello espera que o hospital seja
inaugurado rapidamente, o que com certeza, poderá amenizar parte dos problemas
enfrentados pelo setor da saúde em Rio Preto.