Você conhece ou já ouviu falar da escultura "Fearless Girl”?
Atualmente exposta em
frente à Bolsa de Valores de Nova York, a escultura em bronze retrata uma
garotinha de aproximadamente 1,30 m de altura enfrentando um touro, símbolo do
mercado financeiro, de 3,4 m de altura e 4,9 m de comprimento, com os seguintes
dizeres: "Know the power of women in
leadership. SHE makes a difference”, que traduzindo para o português
significa: "Conheça o poder das mulheres na liderança. ELA faz a diferença”.
O conceito da estátua,
inaugurada em 2017, foi desenvolvido por Lizzie Wilson e Tali Gumbiner, da
prestigiada agência de publicidade McCann New York. A obra foi encomendada
pela State Street Global Advisors, uma das maiores administradoras de
ativos do mundo, para comemorar o primeiro aniversário de um fundo de "Índice
de Diversidade de Gênero”, cujo objetivo é
acompanhar empresas que se destaquem por terem diversidade de gênero. A
pretensão de Fearless Girl é enviar uma mensagem sobre a diversidade de
gênero, mais especificamente sobre mulheres em posição de liderança.
Se você ainda tem alguma dúvida
sobre a diferença e importância das mulheres nestas posições, apresentamos-lhes
as seguintes informações:
Um relatório anual divulgado
pelo Credit Suisse, o CS Gender 3000, de 2014, informa que, de
acordo com suas pesquisas, entre os anos de 2005 e 2014, o retorno sobre o
patrimônio líquido (ROE) de companhias que tinham, pelo menos uma mulher como
membro do conselho, foram em média de 14.1%, contra 11.2% para companhias com
conselhos majoritariamente masculinos.
De acordo com o Journal
of Financial Economics volume 94, pesquisadores descobriram que conselhos
com grandes proporções de diretoras e chefiados por mulheres são menos
inclinados a cometer fraudes ou violar regras de segurança e além disso, a
presença de apenas uma mulher como membro tende a aumentar a independência de
um conselho, melhorando o monitoramento e reduzindo o groupthink (fenômeno
psicológico em que as pessoas de um grupo buscam harmonia de pensamento e
conformidade, mas acabam atingindo decisões irracionais ou disfuncionais).
No Brasil:
De acordo com os dados
divulgados pela B3, no ano passado o número de investidoras aumentou 118%, em
contrapartida com os 84,3% referente aos homens. Apesar do crescente número de
mulheres investindo, os postos de trabalho no mercado financeiro brasileiro,
assim como no resto do mundo, são majoritariamente masculinos. Por isso, elaboramos
uma lista com nossas "Fearlesses girls”, algumas líderes de destaque do nosso
mercado:
Quem acompanhar:
Cristina Junqueira
(@junqueira.cristina).
Co-fundadora e atual CEO do
Nubank , Cristina é muito presente em suas redes sociais. Vale a pena maratonar
seus destaques, em especial o intitulado "carreira”.
Ana Laura Magalhães
(@explicaana)
Ana Laura é sócia da XP
Investimentos e fundadora do canal Explica Ana, em que conscientiza seu público
sobre investimentos, ajudando-o a entender o mercado financeiro.
Betina Roxo
(@betinaroxo)
Betina é economista e
estrategista chefe da Rico. Comenta sobre análise, investimentos e vida pessoal
no seu instagram "sem o "financês", e com senso de humor, como ela
mesma diz, aproxima o mercado financeiro da realidade das pessoas.
Carolina Cavenaghi
(@fin4she)
Co-fundadora da plataforma
FIN4SHE, que aproxima mulheres e marcas que buscam se conectar com equidade de
gênero de forma inspiradora, e colunista da Invest News.
Na Bluetrade:
Tamires Barrionuevo
(@tamiresbarrionuevo)
Tamires é CFP ® (Certified Financial Planner - um selo de
excelência mundial que certifica um especialista), com visão estratégica e
conhecimentos de administração de investimentos, gerenciamento de riscos,
previdência complementar, planejamento financeiro, fiscal e sucessório. É
sócia, assessora de investimentos e líder de squad na Bluetrade de São José do
Rio Preto. Atua no mercado financeiro há 15 anos, sendo os últimos 10 anos
voltados ao atendimento de clientes de alta renda.
Laís De Souza
(@lais_investimentos)
Economista e assessora de
investimentos, produz o quadro "Mercado em foco” e é vencedora do prêmio
Mulheres que Transformam, da XP Investimentos.
Diante
dos dados e exemplos citados, a percepção sobre a importância dos índices de
diversidade é uma realidade sem volta. As mudanças estão acontecendo aos
poucos, mas a comprovação de que a presença da mulher na liderança das empresas
provoca resultados positivos, mostra um cenário promissor. Ainda há muito o que
fazer para ter um mundo corporativo mais igualitário e diverso, contudo muitas
"Garotas sem medo” estão preenchendo as cadeiras nas empresas e no mercado
financeiro. O caminho está aberto!
Por: Tamires
Barrionuevo
Victoria Raduan