Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência.



Tamires Barrionuevo

Planejadora Financeira CFP e tem mais de 14 anos de experiência no mercado financeiro. É líder de operações e assessora de investimentos da BlueTrade em São José do Rio Preto.


O Aumento da SELIC após 6 anos de quedas

Por: Tamires Barrionuevo
24/03/2021 às 15:56
Tamires Barrionuevo

Na última semana vimos em todos os meios de comunicação a notícia de que a SELIC, taxa básica da economia que estava em sua mínima histórica, subiu 0,75%, e foi para 2,75% ao ano. Mas afinal, o que essa mudança impacta na vida das pessoas?

A taxa SELIC influencia a vida financeira de todos os brasileiros, investidores ou não. Basicamente, ela influencia todas as demais taxas de juros, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e também sobre o retorno em aplicações financeiras mais tradicionais, como a poupança.

Quem decide o quanto será essa taxa é o COPOM, Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para definir se a Taxa Selic aumenta, diminui ou se mantém estável. Essa decisão é tomada com base na situação econômica do país e as mudanças são feitas, principalmente, para manter a inflação sob controle.

Ou seja, quanto mais baixa é a taxa, mais "barato” fica o dinheiro e isso faz com que aumente o consumo da população e aqueça a economia. Nesse cenário, os empréstimos ficam mais baratos e as aplicações tradicionais rendem menos, o que faz com que o investidor tenha maior interesse na bolsa de valores e outros investimentos.

Já quando os preços estão muito elevados e a inflação está em alta, o COPOM aumenta a taxa SELIC e faz com que o custo do dinheiro fique mais caro. Com o aumento das taxas de empréstimo e com os investimentos rendendo mais, o dinheiro circula menos na economia e faz com que esta desacelere, mantendo assim o controle dos preços e diminuindo a inflação.

No âmbito dos investimentos, os mais impactados com a mudança na SELIC são os mais conservadores e que comumente são usados para manter a reserva de emergência e podem ser sacados a qualquer momento. Os mais conhecidos são:

·         Títulos do Tesouro Direto (Tesouro Selic): Os títulos mais emitidos pelo Governo são atrelados à SELIC e um aumento na taxa torna os títulos públicos mais vantajosos.

·         Caderneta de poupança: Desde maio de 2012, os depósitos feitos em poupança rendem 70% da SELIC, desde que ela esteja até 8,5% ao ano. Com esse aumento, a poupança deixa de render 1,40% ao ano e passa a render 1,92% ao ano.

·         Investimentos de Renda Fixa: As aplicações mais tradicionais feitas nos bancos, como o CDB, a LCI e a LCA são remuneradas pelo CDI, que é o índice diretamente afetado pela SELIC. Quando a taxa sobe, o CDI subirá na mesma proporção.

Ainda assim, com apenas esse aumento, não veremos um impacto imediato nem nas taxas de juros cobradas pelos bancos, nem uma melhora significativa dos investimentos mais tradicionais.

Mas, se nas próximas reuniões o ritmo de aumento continuar, poderemos voltar a olhar para os investimentos pós-fixados não só como reserva de emergência, mas também como uma opção para a carteira de investimentos.

 

 






Anunciar no Portal DLNews

Seu contato é muito importante para nós! Assim que recebemos seus dados cadastrais entraremos em contato o mais rápido possível!