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Beto Braga

Empresário da área de tecnologia e inovação


Da ficção a profecia

Por: Beto Braga
07/03/2020 às 09:11
Beto Braga

Confesso que não sei o que veio primeiro, meu gosto por livros ou meu amor pelo cinema. De qualquer forma, uma certeza tenho: ficção científica é meu gênero de literatura e cinema preferido. Tendo, inclusive, alavancado essas minhas duas paixões.

Me lembro que o primeiro filme que assisti foi "2001, uma odisseia no espaço”, com a poética direção do Stanley Kubrick, sobre o livro homônimo de Arthur C. Clarck, e que o primeiro livro foi "Admirável Mundo Novo” do Aldous Huxley.  


A série de TV "Star Trek”, com capitão Kirk e o Sr. Spock, sacramentaram minha alma Nerd. Não à toa meu escritor preferido é Arthur C. Clarke, suas series de livros "2001” e "Rama” (além de outros títulos) são uma viagem ao imaginário e as possibilidades da raça humana. Escritores de ficção são homens visionários, pessoas que enxergam o futuro e o analisam de maneira ímpar, não sendo incomum que as realidades que apresentam se materializem.

Para se ter uma ideia do que falei no parágrafo anterior, em "1984”, George Orwell prevê um futuro onde o Estado, representado pela figura do "Grande Irmão”(Big Brother) controla as pessoas pela dor. Em contraposição a visão de Orwell em "Admiravel Mundo Novo” Huxley acredita que esse controle, da sociedade, se dá pelo prazer.  

Um temia que fossemos privados de informação, o outro que tivéssemos tanta informação que seriamos passivos e egoístas. 

Um achava que os livros seriam proibidos, o outro que não teríamos interesse pela leitura. O primeiro acreditava que a verdade seria ocultada de todos, o segundo que ela estaria escondida em um mar de irrelevância. 

Os dois acertaram.  

No mundo atual todas essas realidades, escritas em meados do século passado, estão presentes em nossa sociedade. 

Mas, um filme em especial, me levou a pensar sobre uma realidade que se abateu sobre a humanidade de forma acentuada nos últimos anos. 

Uma comedia de ficção, que mal entrou no circuito comercial, mas que tem sido muito comentada nos últimos anos por conta do seu roteiro que, de certa forma, expõe um caminho que a humanidade perigosamente percorre. 

"Idiocracia” é um filme onde duas pessoas, de intelecto médio, são escolhidas para participar de um experimento de hibernação para o exercito americano.  

Para não dar muitos spoilers, no filme , o projeto é cancelado, cai no esquecimento, e os dois participantes são "acordados” 500 anos depois, encontrando uma sociedade distópica onde as pessoas adotaram o anti-intelectualismo, sem quaisquer noções de justiça, direitos humanos e responsabilidade socioambiental. 

Nessa realidade onde a população humana se tornou morbidamente estúpida e desprovida de curiosidade intelectual, o protagonista se torna o homem mais inteligente do planeta e é alçado a posição de presidente dos Estados Unidos. 

Em tempos de terraplanismo e de onde crenças pessoais estão sendo mais valorizadas que fatos e realidades cientificas, filmes como "Idiocracia”, em que a involução humana, parecem uma realidade assustadoramente possível. 

Do fundo do meu coração, vou torcer para que essa profecia, em especial, não se realize. 






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