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Carlos Alexandre

Empresário, formado em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto


Abraham Weintraub

Por: Carlos Alexandre
03/02/2020 às 08:22
Empresa | Empreendedorismo

Eu gostaria muito de ter o domínio sobre a palavra escrita. Filho de mãe professora de Português e de pai escritor e poeta, sempre tentei escrever para expressar meus sonhos, dúvidas, críticas e outros sentimentos.

Mas minha gramática não ajuda.  O pensamento parece não esperar as mãos formarem as letras e frases necessárias.
Fruto de falta de dom, ou quem sabe, resultado de uma educação escolar precária num país que nunca prestigiou o professor, o material escolar ou a própria instituição formadora de gente.

Me lembro dos vários governos estaduais de São Paulo a negligenciar o ensino público, a bater e perseguir professores grevistas, enquanto as escolas ficavam velhas, sucateadas e sem receber qualquer investimento que as deixassem migrar para um ambiente inovador que receberia crianças e jovens talhados para um novo tempo.
Uma exceção precisa ser feita por justiça e a faço na figura do então governador paulista André Franco Montoro, que me fez à época, me filiar a um partido, hoje bem distante do que ele sonhava e pregava então. 

Já não estou mais nesse partido, registre-se em tempo.

Mas nem ele foi suficiente para mudar a Educação sequer em nosso Estado.

Eu garanto com tristeza que, mesmo em momentos sombrios de nossa história, ou nas fases de perspectivas nulas de crescimento intelectual de nossa gente, jamais se imaginava que viveríamos um dia o que estamos passando hoje.

A ilustre e memorável figura do grande educador e orgulho brasileiro Paulo Freire tão arranhada por gente que sequer sabe ler ou interpretar um texto.  E não falo dos analfabetos vitimados pelo desleixo e descaso dos governos.  Falo daqueles que ocupam cargos nas gestões mais altas do país, sem nunca ter absorvido qualquer fundamento teórico decente.

Esse desrespeito a figura de nosso guia é apenas um dos problemas, pois o exemplo maior de desrespeito à Educação fica por conta do próprio dia-a-dia do Ministro da pasta, Abraham Weintraub, que já protagonizou dezenas de cenas ridículas, proferiu discursos risíveis e comprovou total despreparo, não só para a pasta, mas para qualquer outro cargo menor que o governo de Bolsonaro lhe quisesse destinar, sabe-se Deus por que motivo.

Desde o patético vídeo com guarda-chuva ou largando o microfone após um pronunciamento para lá de bobo, até recentemente detonar a credibilidade do ENEN, o homem por trás do MEC nos envergonha a todo instante. 

Não vou me apegar ao seu lapso recente de ter escrito errado, pois talvez o próprio Weintraub seja vítima de nosso sistema de ensino falho, dedicado quase sempre a formar homens e mulheres do pescoço para baixo, garantindo serem ótimos trabalhadores braçais, nada pensantes.

Poderia ficar só nisso, mas já passou da hora do Brasil avaliar o que quer para seu futuro e para seu povo.  

Ao escolher um presidente despreparado que nomeou um ministério indigno até de passar em visita por Brasília, meus compatriotas me assustam.
Será mesmo que ninguém nota ou percebe o que está se passando?

Esse ministro já deu o que tinha que dar.  O pior, que não tinha nada.






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