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Wilson Guilherme

Jornalista e escritor


Quem tem medo dos Bolsonaro?

Por: Wilson Guilherme
03/11/2019 às 10:56
Wilson Guilherme

Passados dez meses de mandato do governo de plantão me atrevo a dar alguns pitacos sobre o que tenho lido, visto, ouvido e conversado a respeito do homem e do entorno que governam o Brasil. 

Primeiro, o que se esperava de um presidente eleito com 55% dos votos válidos era que, uma vez empossado, começasse a pacificar o país jogando água e não gasolina na fogueira do radicalismo já existente e que ele só fez aumentar. O que se vê desde então é exatamente o contrário. 

Empunhando o fim do "viés ideológico” como principal bandeira de campanha,  Jair Messias trabalha incessantemente  para  substituir um viés por outro, impondo uma agenda  predominantemente moralista, radicalizando "o nós contra  eles”, criado pelo PT.

A impressão que fica é que Bolsonaro, a exemplo de Collor, FHC e Lula, tem projeto de poder a longo prazo. Ao contrário dos citados, ele faz política o tempo todo, já pensando na reeleição, com menos de um ano de mandato, enquanto a tropa, de competência duvidosa em sua maioria, toca o governo.

A participação dos filhos do presidente no governo, mesmo que não oficializada, é um capítulo à parte. Antes de tudo por ser um fato inédito, nunca dantes na história deste país vimos tentativa tão explícita de se criar uma dinastia familiar pra manutenção e eternização no poder.

Vê-se uma engrenagem bem montada e com azeite quente para fritar qualquer adversário que atravessar o caminho de pai e filhos. As redes sociais criaram e continuam mantendo o mito.

 O que sustenta uma democracia , além da independência dos poderes, é uma imprensa livre e uma oposição atuante. Vale lembrar o caso Trump, que de uma aparente dor de cabeça pode sofrer uma fratura ucraniana, a conferir no médio prazo.

Por aqui não. Imprensa e poderes são desacreditados à exaustão, para que o Messias não perca os poderes divinos (que só ele julga ter) para salvar o pais da "esquerda e do comunismo”.

Este discurso repetitivo tem prazo de validade, se a economia continuar desaquecida; caso não haja geração de emprego e caso a classe média continuar sem poder de compra. O fantasma do comunismo, ataques a Rede Globo e Folha de S. Paulo alimentam o medo e a ira daquela fatia de eleitores (menos de 30%) que continua apoiando Jair Messias.

Agora, sempre que se veêm encurralados pela imprensa, os Bolsonaro lançam ameaças contra a democracia acenando para a volta da ditadura.

A mim a família Bolsonaro não amedronta com suas provocações diárias. É preciso dar um basta a esta tensão sem trégua provocada pelos três patetas. Deputado mais votado do país, eleito pelo voto democrático, ameaçar com a volta do AI-5, merece punição. Não aceito o pedido de desculpa feito por ele. Cassação Já de Eduardo Bolsonaro.

Diante do mito, do rito, do dito, do faniquito...
EU GRITO!






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