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Antonio Baldin

Promotor de Justiça aposentado e assessor especial da Secretaria de Saúde de Rio Preto


Desestruturação familiar ?

Por: Antonio Baldin
23/10/2019 às 14:59
Antonio Baldin

Por falta de amparo dos familiares e por não se programarem para a velhice, em torno de 1600 idosos estão buscando internação em casas de abrigos de São José do Rio Preto, sem chances de êxito, pela escassez de acomodação.

Aliás, nos dias atuais, parece que se ignoram ou não entendem o que é uma família ou até mesmo qual a sua finalidade e importância na sociedade. Está aí o resultado, à vista de todos, na mais clara demonstração da angústia decorrente da desestruturação familiar, que representa o alicerce de uma sociedade.

Assim como a planta brota de uma semente, cada ser humano também se desenvolve nas sementes chamada família, chegando num ponto em que, obrigatoriamente terá que conferir sua plantação, e se não soube cultivá-la adequadamente, terá pela frente o abandono e a desolação, sem caminhos a seguir. No desespero, como último refúgio, será obrigado a  buscar acolhimento no poder público, mas nem sempre alcançará sucesso na pretensão.  

A vida é simples e não exige magia alguma. Cada pessoa é fruto de sua própria causa, daquilo que realizou ou deixou de realizar, e deve estar ciente de que o resultado não é diferente daquilo que programou, de suas ações e do seu esforço. Se não planejou a sua existência e nem soube constituir uma família sólida e responsável, terá dificuldades quando não mais for autossuficiente e aí, de nada adiantará se penalizar pelo passado. Por isso, é muito importante a formação da unidade familiar com afeto, benquerença, responsabilidade, sentimento mútuo de amor e união.

A nossa vida pode ser comparada a um jardim, que deve ser cultivado com bastante responsabilidade e dedicação para não ser entregue ao abandono. Quer se tenha apreço ou descuido, forçosamente brotará. Se nada de bom foi semeado, as ervas daninhas crescerão em abundância e darão um resultado não alentador.

Isso requer uma atenção especial, e muito esforço de todos nós, para que tenhamos famílias devidamente orientadas quanto aos deveres de uma relação conjugal lícita, com tratamento sério entre pais e filhos e destes com os pais, a fim de que, através de uma orientação consciente e direcionada, possamos modificar as diversas formas de tratamento entre os indivíduos e a coletividade, reduzindo, gradualmente, os diferentes graus de intolerância vividos nos tempos modernos.

Mas mesmo assim é importante saber que o idoso possui direitos previstos no chamado Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), que instituiu penas severas para quem desrespeitá-lo ou abandoná-lo.






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